quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Ácido fólico pode elevar risco de câncer

Um novo estudo mostra que altas doses de ácido fólico podem elevar risco de câncer, especialmente no pulmão.

O estudo foi conduzido na Noruega, onde os alimentos não são fortificados com ácido fólico, tornando possível comparar resultados entre pacientes tratados com suplementos e um grupo que recebeu placebos.

Pesquisadores acompanharam mais de 6 mil pacientes com doença cardíaca isquêmica, que haviam participado de dois experimentos clínicos aleatórios montados para avaliar se o tratamento de redução de homocisteína com ácido fólico e vitamina B12 reduzia a chance de doenças cardíacas. Os experimentos começaram em 1998 e terminaram em 2004 e 2005.

Publicado no Journal of the American Medical Association, o estudo monitorou os mesmos pacientes ao longo de 2007. Foi descoberto que 10% dos pacientes tratados com ácido fólico e vitamina B12 haviam desenvolvido câncer, frente a 8,4% dos que não haviam recebido o tratamento – um aumento de 21% no risco. A análise indicou que o risco adicional estava associado aos altos níveis de ácido fólico no sangue, e não à vitamina B12.

Embora evidências experimentais tenham indicado que a deficiência de ácido fólico pode causar o desenvolvimento do câncer, os autores do estudo sugeriram também ser possível que o excesso do ácido acelerasse o crescimento de tumores.

O papel do ácido fólico vai mudando conforme as etapas da vida. Na idade escolar, a sua carência pode levar à anemia nutricional. Nos adultos mais idosos, como o ácido fólico tem efeitos sobre o sistema nervoso central, o baixo consumo dessa vitamina ou os baixos níveis podem agravar problemas neuropsiquiátricos.

As principais fonte são espinafre, vegetais de folhas verdes, fígado, levedo de cerveja, cenoura e gema de ovo

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