segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Estresse e peso: como essa relação afeta nossas vidas

Dentre as queixas mais comuns entre os pacientes que procuram tratamento médico e nutricional para a obesidade, cerca de 80% relacionam seu ganho de peso ao estresse.
“Na verdade, algumas características da vida moderna podem estar intimamente relacionadas a um balanço energético positivo, levando ao ganho de peso. Dentre elas, podemos citar alimentação inadequada, sedentarismo e mais recentemente, o estresse”, diz a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.

Os fatores estressantes da sociedade moderna são frutos da rotina puxada das empresas, das relações familiares e sociais, além de fatores intrínsecos, como a privação de sono, por exemplo. Geralmente, o corpo humano responde ao estresse através de adaptações físicas ou comportamentais, aumentando o estado de alerta diante de novas situações, a tolerância à dor e a produção e liberação de substratos energéticos dos estoques corporais, principalmente sob a forma de glicose e gordura. “Esses substratos em excesso são conhecidos por causarem alterações metabólicas ligadas à obesidade e ao diabetes. Será esta a relação possível? Ou seja, será esse o elo que liga a obesidade ao estresse da vida moderna?”, questiona a médica.

Até certo ponto o estresse pode ser benéfico e conduzir o indivíduo a alcançar metas importantes no trabalho e na vida pessoal. Em curto prazo, na maioria das vezes, o organismo se reequilibra, sem comprometimento da saúde física e mental. A reação normal esperada a um fator estressante pode se manifestar com enfretamento ou fuga. “Algumas vezes, a resposta não atende a nenhuma dessas condições e o indivíduo não consegue nem se engajar na luta, nem na fuga do agente estressante, sofrendo as conseqüências do estresse de maneira a gerar um estado de fragilidade a várias doenças, principalmente quando ele é intenso e prolongado”, afirma Ellen Paiva.

O hábito de comer talvez seja um dos fatores que mais sofre as repercussões do estresse da vida moderna. “Os relatos são unânimes: as pessoas comem muito mais quando expostas a fatores estressantes, podendo ocorrer queixas de fome excessiva, comportamento beliscador e até uma necessidade patológica de consumir grandes volumes de alimentos: a compulsão alimentar”, destaca a endocrinologista. Um fato intrigante, relata Ellen Paiva, são os relatos de alguns pacientes, que não encontram explicação para o volume alimentar consumido e afirmam categoricamente que mesmo comendo pouco, ganham peso. Esse fato tem levantado a questão do papel do estresse na origem da obesidade, independentemente da alimentação.

A privação do sono também repercute no peso. Nos últimos 30 anos, a média de sono noturno das pessoas sofreu uma redução de 8/9 horas para 6/7 horas. Entre os americanos, a média de sono é ainda menor, uma vez que 30% deles dormem menos do que 6 horas por noite. Vários estudos recentes têm relacionado a privação do sono com a ocorrência aumentada de obesidade e de diabetes tipo dois. “A privação do sono pode estar relacionada à obesidade através de vários fatores. O primeiro deles trata-se de um estado de estresse crônico. Além disso, várias alterações hormonais induzidas pela privação de sono podem influenciar o ganho de peso, como é o caso da grelina e leptina, hormônios relacionados ao controle da fome e da saciedade”, diz a diretora do Citen.

Hormônios do estresse também podem levar ao ganho de peso. Tratam-se dos corticóides, ou a conhecida cortisona, que tem a capacidade de aumentar o peso de pacientes, quanto utilizada sob a forma de medicamento, e até quando produzida em excesso pelo organismo, em algumas doenças. “Será que o estressado crônico poderia engordar pelo excesso de corticóide, mesmo sem comer muito?”, questiona a médica.

“Nossas dúvidas não estão sanadas a esse respeito, uma vez que muitos indivíduos estressados e com elevação da cortisona não engordam e, por outro lado, muitos obesos estressados não expressam aumento do seu corticóide endógeno. Por isso, muito provavelmente, a diferença entre estes pacientes é o volume de alimentos ingeridos”, afirma Ellen Paiva.

Conclui-se que o estresse pode sim ser um fator favorecedor da obesidade, principalmente pelo aumento da resistência insulínica, pelas alterações dos hormônios relacionados à fome e à saciedade, pela privação do sono e até mesmo pelo excesso de corticóide. “Mas o maior fator associado ao ganho de peso é comportamental. O que engorda é o balanço energético desfavorável: a associação da ingestão excessiva de calorias somada ao sedentarismo”, conclui a endocrinologista.

Sensação sonora

Agência FAPESP – O som não é apenas ouvido, mas também sentido por meio da pele, que ajuda na compreensão de seu significado. A conclusão é de um estudo publicado no passado dia (12/11) pela revista Nature.
A pesquisa, liderada por Bryan Gick, da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, indica que quando o homem ouve palavras sendo faladas ele não usa apenas a informação sonora e visual que recebe, mas também sinais táteis, como a corrente de ar, de modo a construir um retrato completo dos sons que está ouvindo.
Alguns sons produzidos pela fala humana resultam em pequenos e inaudíveis sopros de ar (sons aspirados) e outros não (sons não aspirados). Os pesquisadores observaram que quando pequenos sopros de ar foram emitidos na pele da mão e do pescoço de voluntários, no mesmo momento em que sílabas eram ouvidas, os sons foram percebidos como aspirados, mas na realidade não eram.
Por exemplo, sílabas não aspiradas em inglês, como “ba” e “da” foram percebidas como seus equivalentes aspirados, “pa” e “ta”, quando emitidas simultaneamente a sopros de ar. Isso, de acordo com os autores do estudo, indica que a informação sensorial tátil recebida atua ao lado da audição para decifrar o que está sendo dito.
“Os resultados do trabalho demonstram que a informação tátil é integrada na percepção auditiva de forma semelhante à que ocorre com a informação visual”, descreveram.
Os pesquisadores destacam que avanços na compreensão de como o homem percebe os sons da fala poderão ajudar no desenvolvimento de sistemas mais eficientes para deficientes auditivos.
O artigo Aero-tactile integration in speech perception, de Bryan Gick e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

Transplante sob perspectiva brasileira

Agência FAPESP – O livro Transplante de células-tronco hematopoiéticas, editado por Julio Cesar Voltarelli, professor titular do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), é o primeiro tratado brasileiro completo sobre o tema.

Lançada no dia 12 de novembro durante o Congresso Brasileiro de Hematologia, em Florianópolis, a obra foi coeditada por Ricardo Pasquini, professor emérito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e por Euza Ortega, ex-coordenadora da equipe de enfermagem do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clínicas da UFPR.

Voltarelli, que coordena o Centro de Terapia Celular (CTC), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da FAPESP, é um dos principais especialistas brasileiros no tema. Ele lidera, desde 2003, um experimento inovador de tratamento de pacientes de diabetes tipo 1 fundamentado em altas doses de quimioterapia e no transplante de células-tronco extraídas de seus próprios organismos.

Segundo Voltarelli, o livro de quase 1,3 mil páginas apresenta uma ampla revisão sobre o tema do transplante de células-tronco hematopoiéticas – aquelas que têm potencial para formação de sangue – e revela a experiência brasileira na área, descrevendo os transplantes realizados no Brasil para cada doença.

“É o primeiro livro brasileiro completo sobre o transplante. Já houve outras obras produzidas por equipes multidisciplinares, mas com o caráter de manuais. Esse é um tratado completo que aborda todos os aspectos do transplante. Em quase todos os capítulos apresentamos experiências brasileiras”, disse à Agência FAPESP.

O livro é dirigido para o público que tem interesse em se informar sobre as células hematopoiéticas e, em especial, aos estudantes e pesquisadores envolvidos com transplantes. “Há muitos autores, de praticamente todos os centros de transplante de células-tronco do Brasil. Há contribuições estrangeiras também”, contou.

Voltarelli explica que a obra faz uma revisão atualizada do que está sendo feito na área em todo o mundo. “É importante destacar que a obra não se resume a um relato da experiência brasileira. Mostramos o panorama do que está sendo realizado no mundo em relação a cada uma das doenças. A diferença em relação a outros projetos estrangeiros é que essa revisão é acompanhada dos experimentos nacionais”, disse.

Entre outros trabalhos, o cientista também já realizou experimentos importantes com transplante de células-tronco hematopoiéticas para o tratamento de pacientes com esclerose múltipla – doença neurológica crônica de causa ainda desconhecida.

Em parceria com pesquisadores de diversos países, Voltarelli conseguiu reverter déficits neurológicos em estágios iniciais em pacientes com a doença, usando as células-tronco dos próprios indivíduos para “reinicializar” seus sistemas imunológicos.

Regulamentação

Os 57 capítulos do livro estão distribuídos em três seções: “Bases históricas, científicas e legais do transplante de células-tronco hematopoiéticas”, “Aspectos clínicos do transplante de células-tronco hematopoiéticas” e “Aspectos multidisciplinares e perspectivas futura do transplante de células-tronco hematopoiéticas”.

“Na parte das bases científicas, abordamos aspectos como a imunologia médica e a biologia da célula-tronco. Na parte clínica, apresentamos a experiência nacional com transplantes. Não se trata, evidentemente, de casos individuais, mas de grupos de casos em que as técnicas foram aplicadas para determinada doença. Na terceira parte, abordamos o aspecto multidisciplinar, descrevendo o papel da enfermagem, da psicologia e da nutrição, por exemplo”, explicou Voltarelli.

Outro diferencial da publicação, de acordo com o professor da FMRP, consiste em incluir aspectos da legislação brasileira em transplantes de células-tronco hematopoiéticas.

“O livro apresenta a nova regulamentação do Ministério da Saúde para os transplantes de células-tronco hematopoiéticas, publicada em outubro de 2009. Além disso, traz um resumo das diretrizes brasileiras para o transplante, decididas em uma reunião de consenso realizada em junho de 2009”, disse.




•Transplante de células-tronco hematopoiéticas
Organizadores: Júlio Voltarelli, Ricardo Pasquini e Euza Ortega
Lançamento: 2009
Preço: R$ 447,30
Mais informações: www.atheneu.com.br

sábado, 28 de novembro de 2009

Impotência pode ser tratada com choques elétricos no pênis

Por Redação, com BBC

Um estudo realizado em Israel e apresentado em um congresso de medicina sexual em Lyon, na França, indica que a impotência pode ser tratada com aplicação de choques elétricos no pênis.
Cientistas do Centro Medical Rambam, da cidade de Haifa, realizaram experiências com 20 voluntários que sofriam do problema há pelos menos três anos e conseguiram melhora em pelo menos 15 deles.
Segundo Yoram Vardi, chefe do Departamento de Neurourologia da instituição, o resultado do tratamento seria melhor do que o obtido com o uso de medicamentos como o Viagra e o Cialis.
– Remédios não são uma cura - os pacientes deixam de ter atividade normal quando param de tomar. Mas, com os choques, podemos fazer algo biológico contra o problema, e os pacientes conseguem ter atividade normal mesmo depois de terminarem o tratamento –, explicou o cientista.
Novos vasos sanguíneos
Em estudo com animais, já havia sido provado que choques de baixa intensidade estimulam o crescimento de novos vasos sanguíneos a partir de outros já existentes. Foi a partir daí que Vardi e seus colegas tiveram a ideia de tentar ajudar homens cuja impotência decorre da redução de fluxo sanguíneo em seus pênis.
– Problemas cardiovasculares são responsáveis pela disfunção erétil em aproximadamente 80% dos pacientes –, afirmou Vardi.
Segundo o cientista, na pesquisa, foram aplicados choques de "baixíssima intensidade", sentidos como uma pequena pressão no pênis.
Em cada sessão dos testes, os voluntários receberam cerca de 300 choques em cinco pontos do órgão sexual, ao longo de três minutos.
– Não tivemos registro de efeitos colaterais, nem mesmo dor –, disse Vardi ao site LiveScience.
Os cientistas agora esperam realizar novos testes usando também um grupo de controle, que receberia um tratamento falso.
Apesar de otimista, Vardi alerta que o tratamento pode ser ineficaz nos casos de impotência causada por problemas musculares, de nervos ou outros.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Saúde: Métodos contraceptivos menos vendidos nas farmácias

Os portugueses estão a comprar menos preservativos e pílulas do dia seguinte nas farmácias e parafármacias, mas, segundo a Direcção-Geral de Saúde (DGS), estes métodos contraceptivos estão a ser mais distribuídos pelo Serviço Nacional de Saúde.
Dados avançados à agência pela consultora IMS Health indicam que entre Setembro de 2009 e Outubro de 2008 foram vendidas naqueles estabelecimentos 534 168 embalagens de preservativos, menos 225 925 do que em período homólogo do ano anterior, uma quebra de quase 30 por cento.

Relativamente às pílulas do dia seguinte, os mesmos dados referem que entre Setembro de 2009 e Outubro de 2008 foram vendidas 206 550 embalagens, uma diminuição de 4,6 por cento em relação ao período homólogo do ano anterior (216 661).

Diário Digital / Lusa

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Muitas duvidas e poucas certezas

A Agência Europeia do Medicamento deu como encerrado o processo que analisava uma relação causal entre a administração da vacina contra a gripe H1N1 e as mortes fetais, informou hoje o Infarmed em comunicado.

De acordo com a nota de imprensa, «após a análise de toda a informação disponível, a existência de uma relação causal entre a administração da vacina 'Pandemrix' e a ocorrência de morte fetal foi considerada improvável», pelo que o processo foi encerrado.

O Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, acrescenta no comunicado que, até segunda-feira, recebeu duas notificações de morte fetal em Portugal após a administração da vacina contra a gripe H1N1, esclarecendo que não foi notificado sobre um terceiro caso, ocorrido no Hospital de Santo André, em Leiria, que circulou nos meios de comunicação social.

Diário Digital / Lusa

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Açaí produzido de forma artesanal pode espalhar o Mal de Chagas

A falta de higiene na produção pode provocar a contaminação. O barbeiro infectado por um parasita transmite a doença pelas fezes

O repórter Roberto Paiva, no Pará, descobriu os perigos do açaí produzido de forma artesanal.

O açaí produzido no interior do Pará é distribuído em Belém e Região Metropolitana. O Ministério Público acompanha exames de laboratório que analisam amostras da polpa vendida ao consumidor.

“Tem dado maioria impróprio para o consumo, normalmente ligado a coliformes fecais”, aponta o promotor Marco Aurélio do Nascimento.

A falta de higiene pode provocar um problema grave - o Mal de Chagas, que atinge quatro milhões de brasileiros. A doença pode atacar o aparelho digestivo e provocar inflamações no coração e no cérebro.

O barbeiro infectado por um parasita transmite a doença pelas fezes. Na Amazônia, a contaminação também se dá por via oral, quando a pessoa ingere o açaí contaminado. Segundo o Instituto Evandro Chagas, no Pará, o barbeiro infectado é triturado junto com o açaí em máquinas que separam a polpa do caroço.

O Pará é o estado que apresenta o maior número de casos de Doença de Chagas . No ano passado, foram 97. Este ano, os casos quase dobraram: 187 pessoas ficaram doentes e uma morreu. Belém tem registrado surtos da doença.

Maria e o filho Murilo, de 4 anos, contraíram Mal de Chagas e estão em tratamento. A mãe conta que começou a passar mal depois de tomar açaí.

“Tive dor de cabeça, dor no corpo e febre alta”, diz.

A Secretaria Estadual de Saúde alerta que o hábito de congelar a polpa do açaí não elimina o parasita.

“O congelamento não é uma técnica que elimina o parasita da Doença de Chagas. Ele permanece viável. De maneira nenhuma o açaí congelado oferece segurança para ser ingerido sem problema”, diz a coordenadora do programa de doença de Chagas Sespa Elenilde Góes.

Segundo o Instituto Evandro Chagas, o açaí paraense vendido em todo o país e no exterior representa um risco menor de contaminação desde que as indústrias façam a pasteurização.

“A pasteurização é o processo mais adequado. É um processo físico que elimina o agente que transmite a Doença de Chagas e outros microorganismos”, comenta o pesquisador do Instituto Evandro Chagas Aldo Valente.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Diário de um Médico - De rir e chorar por mai…sssss

Carlos Barreira da Costa, médico Otorrinolaringologista da mui nobre e Invicta cidade do Porto, decidiu compilar no seu livro "A Medicina na Voz do Povo", com o inestimável contributo de muitos colegas de profissão, trinta anos de histórias, crenças e dizeres ouvidos durante o exercício desta peculiar forma de apostolado que é a prática da medicina. E dele vão verdadeiras jóias deste tão pouco conhecido léxico.

Os aparelhos genital e urinário são objecto de queixas sui generis:

"Venho aqui mostrar a parreca".
"A minha pardalona está a mudar de cor".
"Às vezes prega-se-me umas comichões nas barbatanas".
"Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção na ponta da natureza".
"Fazem aqui o Papa Micau ( Papanicolau )?"
"Quantos filhos teve?" - pergunta o médico. "Para a retrete foram quatro, senhor doutor, e à pia baptismal levei três".
"Apareceu-me uma ferida, não sei se de infecção se de uma f... mal dada".
"Tenho de ser operado ao stick . Já fui operado aos testículos".
"Quando estou de pau feito... a p... verga".
"O Médico mandou-me lavar a montadeira logo de manhã".

O diálogo com um paciente com patologia da boca, olhos, ouvidos, nariz e
garganta é sempre um desafio para o clínico:


"Quando me assoo dou um traque pelo ouvido, e enquanto não puxar pelo corpo, suar, ou o ca..., o nariz não se destapa".
"Não sei se isto que tenho no ouvido é cera ou caruncho".
"Isto deu-me de ter metido a cabeça no frigorífico. Um mês depois fui ao Hospital e disseram-me que tinha bolhas de ar no ouvido".
"Ouço mal, vejo mal, tenho a mente descaída".
"Fui ao Ftalmologista, meteu-me uns parafusinhos nos olhos a ver se as lágrimas saiam".
"Tenho a língua cheia de Áfricas".
"Gostava que as papilas gustativas se manifestassem a meu favor".
"O dente arrecolhia pus e na altura em que arrecolhia às imidulas infeccionava-as".
"A garganta traqueia-me, dá-me aqueles estalinhos e depois fica melhor".

As perturbações da fala impacientam o doente:

"Na voz sinto aquilo tudo embuzinado".
"Não tenho dores, a voz é que está muito fosforenta".
"Tenho humidade gordurosa nas cordas vocais".
"O meu pai morreu de tísica na laringe".

> Os "problemas da cabeça" são muito frequentes:

"Há dias fiz um exame ao capacete no Hospital de S. João".
"Andei num Neurologista que disse que parti o penedo, o rochedo ou lá o que é...".
"Fui a um desses médicos que não consultam a gente, só falam pra nós".
"Vem-me muitos palpites ruins, assim de baixo para cima...".
"A minha cabecinha começa assim a ferver e fico com ela húmida, assim aos tombos, a trabalhar".
"Ou caiu da burra ou foi um ataque cardeal".

As dores da coluna e do aparelho muscular e esquelético são difíceis de suportar:

"Metade das minhas doenças é desfalsificação dos ossos e intendência para a tensão alta".
"O pouco cálcio que tenho acumula-se na fractura".
"Já tenho os ossos desclassificados".
"Alem das itroses tenho classificação ossal".
"O meu reumatismo é climático".
"É uma dor insepulcrável".
"Tenho artroses remodeladas e de densidade forte".
"Estou desconfiado que tenho uma hérnia de escala".

O português bebe e fuma muito e desculpa-se com frequência:

"Tomo um vinho que não me assobe à cabeça".
"Eu abuso um pouco da água do Luso".
"Não era ébrio nato mas abusava um pouco do álcool"
"Fujo dos antibióticos por causa do estômago. Prefiro remédios caseiros, a aguardente queimada faz-me muito bem".
"Eu sou um fumador invertebrado".

O aparelho digestivo origina sempre muitas queixas:

"Fui operado ao panquecas".
"Tive três úlceras: uma macho, uma fêmea e uma de gastrina".
"Ando com o fígado elevado. Já o tive a 40, mas agora está mais baixo".
"Eu era muito encharcado a essa coisa da azia".
"Senhor Doutor a minha mulher tem umas almorródias que com a sua licença nem dá um peido".
"Tenho pedra na basílica".
"O meu marido está internado porque sangra pela via da frente e pinga pela via de trás".
"Fizeram-me um exame que era uma televisão a trabalhar e eu a comer papa".
"Fiz uma mamografia ao intestino".
"O meu filho foi operado ao pence (apêndice) mas não lhe puseram os trenos (drenos), encheu o pipo e teve que pôr o soma (sonda)".


Os medicamentos e os seus efeitos prestam-se às maiores confusões:

"Ando a tomar o EspermaCanulado"- Espasmo Canulase
"Tenho cataratas na vista e ando a tomar o Simião" - Sermion
"Andei a tomar umas injecções de Esferovite" - Parenterovit
"Era um antibiótico perlim pim pim mas não me fez nada" - Piprilim
"Agora estou melhor, tomo o Bate Certo" - Betaserc
"Tomo o Sigerom e o Chico Bem" - Stugeron e Gincoben
"Ando a tomar o Castro Leão" - Castilium
"Tomei Sexovir" - Isovir
"Tomo uma cábulas à noite".
"Tomei uns comprimidos "jaunes", assim amarelados".
"Tomo uns comprimidos a modos de umas aboborinhas".
"Receitou-me uns comprimidos que me põem um pouco tonha".
"Estava a ficar com os abéticos no sangue".
"Diz lá no papel que o medicamento podia dar muitas complicações e alienações".
"Quando acordo mais descaída tomo comprimidos de alta potência e fico logo melhor".
"Ó Sra. Enfermeira, ele tem o cu como um véu. O líquido entra e nem actua".
"Na minha opinião sinto-me com melhores sintomas".

O que os doentes pensam do médico:

"Também desculpe, aquela médica não tinha modinhos nenhuns".
"Especialista, médico, mas entendido!".
"Não sou muito afluente de vir aos médicos".
"Quando eu estou mal, os senhores são Deus, mas se me vejo de saúde acho-vos uns estapores".
"Gosto do Senhor Doutor! Diz logo o que tem a dizer, não anda a engasular ninguém".
"Não há melhor doente que eu! Faço tudo o que me mandam, com aquela coisa de não morrer".

Depressão será a doença mais comum em 2030

A depressão, nos próximos 20 anos, vai afetar mais pessoas que qualquer outro problema de saúde. A estimativa é da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Os países pobres, onde já se registram mais casos de depressão que os desenvolvidos, serão os mais afetados nas próximas décadas.

De acordo com especialistas, a patologia tem diversas causas, algumas biológicas, mas parte delas vem de pressões ambientais e, obviamente, as pessoas pobres sofrem mais stress no dia a dia que as ricas, e não é surpreendente que tenham mais depressão.

A depressão vem sendo cada vez mais diagnosticada.


"In: Agencias Internacionais de Informação"

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Alternativa caseira ao tamiflu

O anis estrelado é o extrato-base (75%) da produção do comprimido Tamiflu

O anis estrelado, amplamente cultivado na China, é o extrato-base
(75%), da produção do comprimido Tamiflu, da Roche (empresa do antigo Secretário de Defesa dos EUA Donald Runsfield).

Mas, como é um pouco difícil encontrar o anis estrelado aqui no
Brasil, podemos usar o nosso anis mesmo - a erva-doce - pois esta erva possui as mesmas substâncias, ou seja, o mesmo princípio ativo do anis estrelado, e age como anti-inflamatória, sedativa da tosse,
expectorante, digestiva, contra asma, diarréia, gases, cólicas,
cãibras, náuseas, doenças da bexiga, gastrointestinais, etc...

Seu efeito é rápido no organismo e baixa um pouco a pressão, devendo
ser feito o chá c/apenas uma colher de café das sementes para cada
200ml de água, administrado uma a duas vzs dia, de preferência após
uma refeição em q se tenha ingerido sal.

Se vc está lendo, ajude a divulgar o uso da erva-doce como preventivo
do H1N1, ou mesmo como remédio a ser tomado imediatamente após os 1ºs sintomas de gripe, pois seu princípio ativo poderá bloquear a
reprodução do vírus e mesmo evitar seu maior contágio.

Porém, pouco ou nada adiantará utilizar a erva-doce após 36 horas do
possível contágio pelo H1N1, pois a erva ñ terá mais força substancial
p/bloquear a propagação do vírus no sistema respiratório.

Efeitos colaterais: pequena sonolência nas 2 primeiras horas - evitar
dirigir e/ou operar máquinas.

Obs:
- O uso da erva-doce é alternativo e poderá ser até eficaz, mas ñ
substitui a assistência médica necessária;

- Donald Runsfield compra 90% da produção mundial do anis estrelado da China, desde 1997, quando surgiram os primeiros casos de gripe aviária
H5N1 (uma das variáveis do H1N1)... seria por acaso???

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Pesquisa mostra que não é preciso jejum para exames de colesterol

Universidade de Cambridge, na Inglaterra, concluiu que níveis de gordura encontrados no exame de sangue independem da dieta do dia anterior.
O engenheiro Carlos Humberto André teve infarto há dez anos. Para controlar as taxas de colesterol, faz exames periódicos. A situação é sempre a mesma: “Fica aquela fila, aquele monte de gente em jejum para fazer exame”.

Ficar sem comer por 12 horas pode ser um desconforto mas é uma exigência dos laboratórios. Porém, um estudo recém-publicado pelo jornal da Associação Médica Americana contesta essa regra.

O resultado da pesquisa reforça suspeitas da classe médica no Brasil - de que os níveis de gordura encontrados no exame de sangue independem da dieta do paciente no dia anterior. A tendência, segundo especialistas, é de que o fim do jejum para testes de colesterol vire rotina.

O cardiologista Luis Carlos Bodanesi diz que a descoberta vai simplificar a vida dos pacientes: “O que demonstra que a gordura é um pouco mais estável no sangue na hora do exame, reflete praticamente a sua gordura sanguínea em dias anteriores. Isso certamente vai facilitar a estratégia de avaliação do paciente e tirar um pouco do estigma de ter que se manter por 12, 14 horas de jejum”.

A novidade agradou quem precisa cuidar do nível de gordura no sangue.

“Vai facilitar a vida de todo mundo que faz esse tipo de exame. O jejum realmente é um desconforto”, comemora Carlos Humberto André.

Isso não vale para todos os exames. Testes para medir a glicemia, por exemplo, precisam de jejum porque a taxa varia muito de acordo com a quantidade de açúcar no sangue.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

"Os médicos estão entre as três maiores causas de morte atualmente" - MEDICINA FAZ MAL À SAÚDE Por Sérgio Gwercman


"Os médicos estão entre as três maiores causas de morte atualmente"

Se dependesse do inglês Vernon Coleman, esse seria o uniforme ideal dos médicos. Dono de um diploma em medicina e um doutorado em ciências, Coleman abandonou a carreira após dez anos de trabalho para ganhar a vida escrevendo livros com títulos sugestivos do tipo Como Impedir o seu Médico de o Matar.

Autor de 95 livros, o inglês é um auto-intitulado defensor dos direitos dos pacientes. Em seus textos, publicados nos principais jornais do Reino Unido, costuma atacar a indústria farmacêutica - para ele, a grande financiadora da decadência - e, principalmente, os médicos que recusam tratamentos que excluam a utilização de remédios e cirurgias. Dono de opiniões polêmicas, Coleman ainda afirma que 90% das doenças poderiam ser curadas sem a ajuda de qualquer droga e que quanto mais a tecnologia se desenvolve, pior fica a qualidade dos diagnósticos.

Como um médico deve se comportar para oferecer o melhor tratamento possível a seu paciente? Os médicos deveriam ver seus pacientes como membros da família. Infelizmente, isso não acontece. Eles olham os pacientes e pensam o quão rápido podem se livrar deles, ou como fazer mais dinheiro com aquele caso. Prescrevem remédios desnecessários e fazem cirurgias dispensáveis.

Ao lado do câncer e dos problemas de coração, os médicos estão entre os três maiores causadores de mortes atualmente. Os pacientes deveriam aprender a ser céticos com essa profissão. E os governos, obrigá-los a usar um selo na testa dizendo "Atenção: este médico pode fazer mal para sua saúde". Qual a instrução que pacientes recebem sobre os riscos dos tratamentos? A maior parte das pessoas desconhece a existência de efeitos colaterais. E grande parte dos médicos não conhece os problemas que os remédios podem causar.

Desde os anos 70 eu venho defendendo a introdução de um sistema internacional de monitoramento de medicamentos, para que os médicos sejam informados quando seus companheiros de outros países detectarem problemas. Espantosamente, esse sistema não existe. Se você imagina que, quando uma droga é retirada do mercado em um país, outros tomam ações parecidas, está errado. Um remédio que foi proibido nos Estados Unidos e na França demorou mais de cinco anos para sair de circulação no Reino Unido. Somente quando os pacientes souberem do lado ruim dos remédios é que poderão tomar decisões racionais sobre utilizá-los ou não em seus tratamentos. Você considera que os médicos são bem informados a respeito dos remédios que receitam a seus pacientes? A maior parte das informações que eles recebem vem da companhia que vende o produto, que obviamente está interessada em promover virtudes e esconder defeitos.

Como resultado dessa ignorância, quatro de cada dez pacientes que recebem uma receita sofrem efeitos colaterais sensíveis, severos ou até letais. Creio que uma das principais razões para a epidemia internacional de doenças induzidas por remédios é a ganância das grandes empresas farmacêuticas. Elas fazem fortunas fabricando e vendendo remédios, com margens de lucro que deixam a indústria bélica internacional parecendo caridade de igreja. E o que os pacientes deveriam fazer? Enfrentar doenças sem tomar remédios? É perfeitamente possível vencer problemas de saúde sem utilizar remédios.

Cerca de 90% das doenças melhoram sem tratamento, apenas por meio do processo natural de autocura do corpo. Problemas no coração podem ser tratados (não apenas prevenidos) com uma combinação de dieta, exercícios e controle do estresse. São técnicas que precisam do acompanhamento de um médico. Mas não de remédios. Receber remédios não é o que os pacientes querem quando vão ao médico? É verdade que muitos pacientes esperam receber medicamentos. Isso acontece porque eles têm falsas idéias sobre a eficiência e a segurança das drogas.

É muito mais fácil terminar uma consulta entregando uma receita, mas isso não quer dizer que é a coisa certa a ser feita. Os médicos deveriam educar os pacientes e prescrever medicamentos apenas quando eles são essenciais, úteis e capazes de fazer mais bem do que mal. Que problemas os remédios causam? Sonolência, enjôos, dores de cabeça, problemas de pele, indigestão, confusão, alucinações, tremores, desmaios, depressão, chiados no ouvido e disfunções sexuais como frigidez e impotência.

Em um artigo, você cita três greves de médicos (em Israel, em 1973, e na Colômbia e em Los Angeles , em 1976) e diz que elas causaram redução na taxa de mortalidade.

Como a ausência de médicos pode diminuir o risco à vida? Hospitais não são bons lugares para os pacientes. É preciso estar muito saudável para sobreviver a um deles. Se os médicos não matarem o doente com remédios e cirurgias desnecessárias, uma infecção o fará. Sempre que os médicos entram em greve as taxas de mortalidade caem. Isso diz tudo.

Muitas pessoas optam por terapias alternativas. Esse é um bom caminho? Em diversas partes do mundo, cada vez mais gente procura práticas alternativas em vez de médicos ortodoxos. De certa maneira, isso quer dizer que a medicina alternativa está se tornando a nova ortodoxia. O problema é que, por causa da recusa das autoridades em cooperar com essas técnicas, muitas vezes é possível trabalhar como terapeuta complementar sem ter o treinamento adequado. Medicina alternativa não é necessariamente melhor ou pior que a medicina ortodoxa.

O melhor remédio é aquele que funciona para o paciente. Em um de seus livros, você afirma que a tecnologia piorou a qualidade dos diagnósticos. A lógica não diz que deveria ter acontecido o contrário? Testes são freqüentemente incorretos, mas os médicos aprenderam a acreditar nas máquinas. Quando eu era um jovem doutor, na década de 70, os médicos mais velhos apostavam na própria intuição. Conheci alguns que não sabiam nada sobre exames laboratoriais ou aparelhos de raio X e mesmo assim faziam diagnósticos perfeitos. Hoje, os médicos se baseiam em máquinas e testes sofisticados e cometem muito mais erros que antigamente. Você faz ferrenha oposição aos testes médicos realizados com animais em laboratórios.

De que outra maneira novas drogas poderiam ser desenvolvidas? Faz muito mais sentido testar novas drogas em pedaços de tecidos humanos que num rato. Os resultados são mais confiáveis. Mas a indústria não gosta desses testes porque muitos medicamentos potencialmente perigosos para o homem seriam jogados fora e nunca poderiam ser comercializados.

Qual o sentido de testar em animais? Existe uma lista de produtos que causam câncer nos bichos, mas são vendidos normalmente para o uso humano. Só as empresas farmacêuticas ganham com um sistema como esse.

O que você faz para cuidar da saúde? Eu raramente tomo remédios. Para me manter saudável, evito comer carne, não fumo, tento não ficar acima do peso e faço exercícios físicos leves. Para proteger minha pressão, desligo a televisão quando médicos aparecem na tela apresentando uma nova e maravilhosa droga contra depressão, câncer ou artrite que tem cura garantida, é absolutamente segura e não tem efeitos colaterais.


Copyright (c) Abril S.A. Superinteressante - fevereiro 2004

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pessoas deprimidas exageram nos sintomas de doenças

Indivíduos deprimidos podem potencializar os sintomas ao não conseguirem se livrar de pensamentos repetitivamente negativos, exagerando o que sentem, especialmente quando recorrem à memória para descrever os sintomas de uma doença ou dor, segundo um estudo da Universidade de Iowa, no Estados Unidos.

O estudo acompanhou 109 pacientes mulheres que preencheram questinários para medir seus níveis de depressão. Durante 3 semanas elas foram monitoradas sobre sua saúde física, incluindo alergias e dores em geral. No final do período foi pedido que as participantes se lembrassem dos dias em que haviam se sentido mal e os descrevessem.

As pacientes identificadas como depressivas eram mais propensas a piorar as lembranças dos sintomas ou a aumentar a frequência de dias com dores, por exemplo.

Ao exagerar esses sintomas a depressão pode contribuir para que os indivíduos se motivem menos a exercer tarefas diárias, exceder nos medicamentos ou mesmo visitar mais vezes ao médico.


In: Jornal C.B.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mitos e verdades da osteoporose

Apesar da osteoporose ser conhecida, a doença ainda carrega muitos mitos que afastam a população da prevenção e do diagnóstico precoce, fundamentais para mudar a realidade de cerca de 10 milhões de brasileiros com a doença.

Por ter um curso silencioso, em 75% dos casos ela só é diagnosticada após algum tipo de fratura. Anualmente, cerca de 1,5 milhão de fraturas são causadas pela doença, taxa de incidência mais alta do que as de ataques cardíacos, acidente vascular cerebral e câncer de mama somadas. Por isso, esclarecer os mitos comumente relacionados à doença significa mais saúde e qualidade de vida.

Mito - A osteoporose não é fatal.

Fato - As fraturas decorrentes da osteoporose podem ter conseqüências bastante sérias inclusive levar ao óbito. As fraturas de quadril são as mais graves e, na maioria dos casos, chegam a ser fatais no prazo de um ano. No Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde, ocorrem anualmente cerca de 1 milhão de fraturas decorrentes de osteoporose, das quais 250 mil são de quadril. Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia as fraturas por osteoporose ocorrem três vezes mais do que doenças coronárias; sete vezes mais do que derrame cerebral e oito vezes mais do que câncer de mama.

Mito - Devo me preocupar com a osteoporose somente após a menopausa.

Fato - A queda do nível de cálcio nos ossos é maior depois da menopausa, entretanto sua instalação pode se iniciar na infância. Portanto, sua prevenção deve ocorrer ao longo da vida. É importante garantir a formação de ossos resistentes durante a juventude e vida adulta, uma vez que o a massa óssea começa a ser fortalecida já na infância e seu pico ocorre por volta dos 20 anos de idade. Uma dieta que tenha boa quantidade de cálcio, a prática de atividades físicas e a exposição à luz do sol – necessária para a formação de vitamina D -, são fatores fundamentais para que crianças e adolescentes desenvolvam uma massa óssea de qualidade, fundamental para a prevenção futura. Essas medidas podem ajudar a evitar fraturas na idade adulta.

Mito: Tomar sol com bloqueador solar pode contribuir para o desenvolvimento da osteoporose?

Fato - O sol é a única fonte natural de vitamina D, fundamental para a absorção do cálcio pelo corpo e, portanto, essencial para prevenir e tratar a osteoporose. Sendo assim, recomenda-se tomar sol diariamente por 15 a 30 minutos expondo as regiões de colo, braços e rosto sem a utilização de protetor solar já que ele bloqueia também a formação da vitamina D. Essa exposição deve ser feita até às 10h e depois das 16h para não correr o risco de câncer de pele.

Mito - Quem tem osteoporose não pode praticar atividade física, pois pode ter fratura.

Fato – A prática de atividade física adequada é fundamental para fortalecer os ossos, os músculos, melhorar o equilíbrio e conseqüentemente evitar fraturas. A força muscular sobre os ossos constitui o estímulo fundamental para a manutenção e o aumento da massa óssea. Como conseqüência, ocorre a melhora do equilíbrio e a prevenção de quedas, além da melhor proteção dos ossos durante as atividades físicas. Além do bem-estar físico, os exercícios proporcionam conforto social e emocional. Dessa forma, a pessoa com osteoporose se sente mais segura em manter uma vida ativa, não se privando até mesmo de pequenos hábitos do dia a dia, atitude muito comum ao descobrir a doença.

Mito - Quem não gosta de leite apresenta maior risco de ter osteoporose

Fato - Caso a pessoa não consuma a quantidade diária de cálcio necessária, pode apresentar maior risco de ter osteoporose. É importante lembrar que existem várias fontes de cálcio como derivados de leite, peixe e vegetais verdes escuros. A quantidade diária recomendada está entre os 800 e os 1.000 mg, para os jovens, e entre 1.000mg e 1.200 mg nos adultos, uma vez que perdem mais cálcio do que os jovens.

Mito – A osteoporose não tem cura, portanto não pode ser tratada.

Fato – A osteoporose não tem cura, mas existem tratamentos capazes de impedir a sua progressão, evitar maiores complicações e reduzir significantemente o risco de fraturas. Por ser uma doença crônica, tomar o medicamento continuamente e de forma adequada é fator essencial para o seu controle.

Nobel da Medicina profere conferência em Lisboa

James Watson, laureado em 1962, vem à Fundação Calouste Gulbenkian, a 6 de Novembro, falar sobre a cura do cancro.

James Watson vai proferir uma palestra de uma hora, em Portugal, hoje dia 6 de Novembro, pelas 16 horas, no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian. Com o título “Curar o cancro hoje, não amanhã”, a palestra é seguida de uma discussão aberta.

A vinda a Lisboa decorre de um convite da Fundação Champalimaud. A entrada é livre e quem desejar participar deverá enviar um e-mail para andrewtasker@fchampalimaud.org.

James D. Watson nasceu em 1928, em Chicago, nos EUA, cidade onde concluiu o ensino universitário. Foi em 1953, na Universidade de Cambridge, que, em conjunto com Francis Crick, propôs a estrutura de dupla hélice para o ADN. Foi essa descoberta que lhes valeu, bem como a Maurice Wilkins, o Prémio Nobel da Medicina em 1962. Watson pertence ao Conselho Científico da Fundação Champalimaud.

Para saber mais, consulte:
Fundação Champalimaud - http://www.fchampalimaud.org/ - em inglês e português

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Pneumonia mata uma criança a cada 15 segundos

No primeiro Dia Mundial contra a Pneumonia lembrado nesta segunda-feira (02/11) um projeto conhecido como Aliança Gavi quer vacinar 130 milhões de crianças, sobretudo em países pobres, até 2015. O alerta está no fato de a vacina contra a doença existir desde o ano 2000, mas estar disponível apenas em países ricos.

Apesar de sua esmagadora presença, pouca atenção e financiamento são dados pneumonia. A forma mais efetiva de prevenir as mortes pela doença é providenciar o fácil acesso a vacinas eficazes e acessíveis, diz o texto do projeto, que vai precisar de R$ 4 bilhões até 2015 para implementar a ação.

Dados da parceria que inclui a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) indicam que uma criança morre a cada 15 segundos vítima da doença, sendo que 98% das mortes são registradas em países pobres.

De acordo com a Aliança Gavi, a pneumonia é uma inflamação severa dos pulmões, geralmente provocada por uma infecção. A doença é responsável por uma em cada quatro mortes de crianças mais do que as mortes provocadas pela aids, pela malária e pelo sarampo juntos. Todos os anos, aproximadamente 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos morrem vítimas de pneumonia.

Desde 2001, a parceria providencia fundos para introduzir a vacina em 59 países, com resultados espantosos em localidades como Uganda, Bangladesh e Quênia. Chegamos perto de eliminar a doença.

A estratégia traçada pela Aliança Gavi inclui a introdução de uma vacina contra o rotavírus, doença que causa diarreia e que aparece com altos níveis de mortalidade infantil em 44 países. Segundo o projeto, a combinação de ambas as vacinas poderia salvar a vida de 11 milhões de crianças até 2030.

De acordo com a parceria, não será possível que o mundo alcançe uma das Metas do Milênio a de redução de dois terços das mortes de crianças com menos de 5 anos até 2015 sem a adoção de medidas de imunização. (AB)