sábado, 29 de novembro de 2008

VOCE SABIA QUE EXISTE RELAÇÃO ENTRE SAÚDE ORAL E DOENÇAS SISTÉMICAS; AVC, INFARTE E DIABETES?

Uma das principais condições que compromete a saúde oral é a doença periodontal, doença que afecta os tecidos de protecção e sustentação dos dentes.
Esta enfermidade acomete um grande numero de pessoas no mundo, e não diferente em Portugal o último levantamento epidemiológico mostra que a nossa população é atingida em cerca de 60% cima de 40 anos, em ambos os sexos. Se não tratada pode levar a serias alterações e comprometer de forma significativa a função mastigatória, a estética, a saúde sistêmica e até a auto-estima do portador. Assim a saúde periodontal passa a ter um peso relevante na qualidade de vida das pessoas.
A doença periodontal está directamente relacionada com a presença do biofilme, massa bacteriana esbranquiçada e amolecida que se deposita continuamente e em camadas ao redor dos dentes, gengivas, língua, palato, mucosa, próteses, implantes e lábios. Se não for removido de forma adequada causará alterações gengivais que podem se manifestar através de sangramento, inchaço, mau gosto, mau hálito, dentre outras. Neste momento a doença periodontal é classificada como gengivite.
Com a permanência dos depósitos de biofilme, ocorre a progressão da doença periodontal que deixa de ser gengivite, restrita a margem gengival e evolui para uma doença destrutiva, acompanhada de perda de tecidos periodontais e reabsorção óssea, que leva a mobilidade dentária e até a perda dos dentes se não for realizado o tratamento adequado por um Médico Dentista.
O hálito é gradativamente comprometido, com o odor fétido o relacionamento social fica cada vez mais dificultado, fazendo com que o individuo se isole ou seja isolado no seu dia-a-dia.
Além disso a falta de elementos dentários compromete a mastigação. Os alimentos não são devidamente triturados e acabam por ser ingeridos em pedaços, dificultando a digestão.
As palavras para serem emitidas, precisam do auxilio dos dentes, como por exemplo tatu, sapo, além de interferir de forma dramática na estética do sorriso, comprometendo assim a auto-estima do individuo.
Porém o mais preocupante, é que a ciência tem demonstrado que a doença periodontal pode colaborar com o aparecimento de outras doenças ou mesmo potenciar uma doença pré-existente. Pode aumentar o risco do individuo ter AVC, infarto, diabetes, doenças pulmonares, nascimento de bebés prematuros, entre outras.
Desta maneira, cuidados com a saúde oral precisam ser valorizados e uma importante parceria entre o individuo e o médico-dentista necessita ser firmada. O dentista irá orientar sobre os métodos, materiais e produtos de higiene oral adequados para cada paciente em particular. O individuo, no seu dia-a-dia, tem que se comprometer a controlar o biofilme oral por meio de higiene oral efectiva e realizar periodicamente o auto-exame e diante de sangramento gengival, contorno irregular da gengiva, alteração de cor, ferida, caroço e mau gosto, procurar imediatamente um dentista.
Bonito mesmo é ter saúde.


‘Prisma’

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

SAUDE PÚBLICA - NOVEMBRO

“Em época de finados, período de memória e reserva, de saudade e dor, compreende-se que uma única questão não nos saia da cabeça: porque é que os nossos cemitérios são tão feios?”

Chamar-lhes feios é, aliás, um acto de generosidade. Julgo que a palavra é “medonhos” talvez seja das semelhanças com o estacionamento de um shopping. Ou dos muros estucados que parecem delimitar os estádios típicos da liga dos últimos. Ou das lápides em mármore preto e brilhante, aparentemente arrancadas de uma latrina “moderna”. Ou do extravagante aspecto das lápides, com aquelas letras em chapa dourada que ficariam melhor a dizer “Vivenda Faty” do que “Recordação da esposa e cunhados”. Ou da quinquilharia depositada sobre as lapides. No fundo, tudo ajuda.
E note-se: excepto quando se trata dos cemitérios domésticos, que de facto apavoram, nunca percebi a aura sinistra que, ao longo do séculos, o folclore popular associou ao campo-santo. Regra geral, o mundo civilizado envia os seus mortos para sítios resguardados e austeros, desenhados entre paredes de granito ou em relvados amplos, onde os falecidos fazem o que têm a fazer e os vivos passeiam o olhar. Imponentes ou modestos, monumentais (na Europa) ou assépticos (nos EUA), são sobretudo lugares bonitos, que respeitam quem lá está (digamos) e quem lá vai. Em Cracóvia e Paris, em Praga e Washington, em Butapeste e Viena passei horas a percorrer lugares assim e, apesar da acusações de morbidez dos meus acompanhantes, guardo lembranças agradáveis.
Em Portugal, só entro nos cemitérios antigos e, passe o termo, descontinuados. Também aqui houve um tempo em que os defuntos mereciam apreço, e não uma eternidade sob um pesadelo decorativo saído da imaginação de José Castelo Branco. Nas aldeias e vilas do interior, ainda restam exemplares desses quadrados pequeninos com duas dúzias de campas, quase sempre esquecidas, quase sempre humildes, sempre mais dignas que o estardalhaço visual que nas últimas décadas virou lei.
Para mim, pelo menos, o estardalhaço permanece um mistério. Milhares de historiadores e antropólogos explicam há décadas as atitudes contemporâneas perante a morte, esse maçador fenômeno que a higiene, a ciência e o nojo (nos dois sentidos) gradualmente removeram dos espaços públicos. Que eu saiba, nenhum estudioso explica o motivo de os portugueses levarem os espaços públicos para junto da morte: os nossos cemitérios, naturalmente geridos pelas autarquias, possuem o exacto tipo de fealdade das zonas que os cercam.
Se um habitante de Gondomar expira, a essência de Gondomar segue-o até ao tumulo e, pior, instala-se nele. Hoje, o jazigo médio exibe tantos pechisbeques que é notável os visitantes o distinguirem do largo em obras em que deixaram o carro. Por isso é que a expressão “enfeita a campa” ganhou um novo significado, e a expressão “descansar em paz” perdeu o velho. E por isso é que o crescente sucesso dos crematórios não é moda, mas medo: mesmo um céptico terminal, e doente idem, concorda que uma vida em Gondomar chega e sobra.


‘Alberto Gonçalves’

A IVG NA ALEMANHA

A interrupção voluntária da gravidez na Alemanha é permitida até ás 12 semanas a partir da concepção, por solicitação da mulher.

Acima das 12 semanas, por violação ou outro crime sexual.

Sem limite, por razões médicas: ameaças da vida ou da saúde física ou psíquica da mulher, malformações do feto e riscos de saúde causados por situações sócio-econômicas adversas.

A IVG NA AUSTRIA

A interrupção voluntária da gravidez é permitida até aos 3 meses desde a implantação, por solicitação da mulher.

A implantação tem lugar, normalmente, uma semana depois da ovulação ou três semanas depois do ultimo ciclo menstrual.

No segundo trimestre o IVG só se aplica por risco de vida ou físico da mulher, ou quando a mulher for menor de 14 anos.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Mais de cinco mil ficaram fora da rede de cuidados continuados

Saúde. Em 2009, a Rede vai apostar nos cuidados ao domicílio
Nos últimos dois anos, mais de cinco mil doentes não encontraram resposta na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), que se destina a pessoas doentes em situação de dependência. Ou seja, dos 20 895 casos referenciados pelos centros de saúde e hospitais, 5301 não chegaram a ser assistidos no âmbito desta rede, ou por não cumprirem as regras de admissão ou por precisarem de mais internamento hospitalar, explica a coordenadora da Unidade de Missão dos CCI.

Segundo Inês Guerreiro, desde que o sistema começou a funcionar, já passaram mais de 15 mil utentes pelas instituições que fazem parte da rede. Os restantes foram excluídos por causa de problemas com a referenciação, isto é, tratava-se sobretudo de "casos sociais e não de saúde que deveriam ir para uma instituição, como um lar, e não para os cuidados continuados". Nestes casos estavam ainda doentes que precisavam de mais internamento hospitalar e outros que simplesmente recusaram a solução da RNCCI, acrescenta Inês Guerreiro.

A coordenadora admite, no entanto, que a resposta existente ainda está muito aquém das necessidades do País: "está alcançado o primeiro terço dos objectivos a nível de cobertura". E mesmo esse objectivo foi revisto, passando de cinco mil para quatro mil camas contratualizadas. Mas apesar de faltar mais de metade do caminho, Inês Guerreiro salienta "o muito que já foi feito" em dois anos: "reconstruímos, estruturámos uma rede com gradientes de cuidados", diz. E a aposto é na qualidade. Por isso, no próximo ano, a Inspecção Geral de Saúde vai começar a fiscalizar com atenção os prestadores de cuidados, diz. A rede, que surgiu para dar resposta às situações de dependência fruto quer do envelhecimento da população, quer de doenças incapacitantes, conta com um conjunto de instituições públicas e privadas que prestam cuidados de saúde e de apoio social, sendo as Misericórdias um parceiro fundamental.

Ana Gomes, da Unidade de Missão, refere a necessidade de encontrar "respostas para doentes de Alzheimer" e estruturas diferenciadas para as várias faixas etárias, nomeadamente uma unidade dedicada especificamente a crianças

Autonomia

Além da diferenciação, 2009 será o ano da aposta no apoio domiciliário, respondendo a uma ambição manifestada por muito doentes: a de permanecerem na sua casa. Aliás, Inês Guerreiro salienta que o sucesso da rede não se mede apenas em camas, porque o objectivo é a recuperação. Assim, os resultados são avaliados em função da autonomia conseguida. E aqui, a coordenadora tem números animadores para apresentar, com base num estudo que envolveu uma amostra de 1625 doentes que passaram pela rede no primeiro semestre: 40% conseguiram sair da situação de incapacidade; o número de doentes autónomos cresceu 202%; e o de independentes 675%.

A apresentação no novo site da RNCCI (www.rncci.min-saude.pt), no arranque da semana dedicada aos Cuidados Continuados, serviu também para o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, realçar a importância da informação e da transparência na gestão da rede.

'Patricia de Jesus'

A CRISE DO INVERNO

Comparada com a crise financeira mundial, esta não tem nada de surpresa. Já se sabe que os frios de Inverno atacam as gargantas, sobretudo as das crianças, e provocam uma vaga de amigdalites e outras doenças febris. Dá para prever e, eventualmente, tomar medidas nos serviços de urgência pediátrica. O que se vê, no entanto, é que a crise geral arrasa tudo. E bate fundo nos serviços de saúde.
No sábado á tarde, a Urgência para crianças do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, era pior do que um purgatório. Quem por lá passou sentiu que aquilo só podia estar assim para castigo das pessoas. Destina-se a atender crianças, mas é dos raros locais públicos de espera onde não há um aparelho de TV para distrair.
O resultado é terrível. as crianças doentes, obrigadas a esperar horas pelas consultas, desatam a chorar. Os pais sem paciência passam-se dos carretos e quem para se acalmar olha à volta sente as piores ganas. As paredes enegrecidas estão a precisar de pintura, há cadeiras de plástico estragadas a aguardar substituição. Mães despem os filhos à pressa um saco de plástico para a criança, maldisposta, vomitar. O cenário com o despojo dos pequenitos nus dá ares de uma antecâmara de extermínio. Os exaltados por estarem mais de duas horas a sofrer por uma consulta que se anunciava com uma espera de uma hora revoltam-se. O que mais se ameaça é ir lá dentro, aos gabinetes médicos, e partir tudo.
Confrontados com a situação, a resposta dos médicos é de que é sempre assim com a crise do Inverno. E que há falta de pessoal. Pergunta-se se é resposta que se dê. O Governo não pode servir com miséria os utentes do Serviço Nacional de Saúde quando o Estado não aceita que se deixe de pagar impostos por falta de dinheiro.
Há uma razão particular para trazer este caso ao jornal e não o deixar pelo livro amarelo das reclamações nos serviços públicos. Numa reportagem, enfrentei há dias com um fotógrafo dois vigilantes de um local privado de uso publico. Um deles ameaçou chamar a policia para nos prender; o outro, ao saber que se tratava do “Correio da Manhã”, mostrou-se compreensivo. “Quando a minha mãe foi para o hospital – explicou – estavam a demorar muito a operá-la e eu escrevi para o CM a denunciar o caso. Publicaram a carta e depressa houve cirurgias. À minha mãe e às outras doentes da enfermaria”. Um jornal cumpre quando se afirma ao Aldo dos cidadãos.


‘João Vaz’

domingo, 16 de novembro de 2008

MAIORIA ACEITA A EUTANASIA

Mais de metade dos portugueses são a favor da eutanásia, e 47,5% defendem que o assunto deve ser referendado. Os dados constam de um estudo de opinião feito pela Eurosondagem. Para a deputada do PS Maria de Belém estes resultados mostram como a discussão sobre o tema é inevitável. Já a Igreja é absolutamente contra, mas admite que há que esclarecer os católicos. Os médicos, por seu lado, estão impedidos de realizar a eutanásia.
“Penso que pode haver alguma confusão sobre o significado da palavra eutanásia”, afirma o presidente da Conferencia Episcopal Portuguesa ao expresso. Jorge Ortiga acrescenta: “Há pessoas que associam a eutanásia a uma morte digna e por isso temos de elucidar os cristãos sobre o assunto. E também sobre o prolongamento artificial da vida”.
O suicídio com ajuda é um tema que está na mesa de muitos países europeus. Portugal não foge á regra e a eutanásia será um dos temas fracturantes da próxima legislatura.
“É uma matéria extraordináriamente sensível que vamos ter de debater. Não há alternativa”, avisa Maria de Belém, deputada socialista e ministra da saúde de António Guterres. “Pessoas muito doentes não sobreviveriam se não fossem os sistemas de saúde altamente sofisticados do Ocidente”, acrescenta. Mas Maria de Belém defende uma discussão profunda sobre o assunto, alargada à sociedade e muito centrada na experiência dos médicos, enfermeiros e psicólogos que diáriamente lidam com doentes terminais.
“Muitas vezes temos uma posição sobre este assunto porque conhecemos ou ouvimos falar de um caso concreto. Penso que não pode ser assim, não podemos decidir uma coisa destas a partir da nossa experiência”, afirma.
A deputada é, no entanto; contra que esta matéria seja decidida por consulta popular, alinhando com os 43,4% dos inquiridos pela Eurosondagem. Para a igreja, “a vida não é referendável” mas se o assunto avançar pelas mãos dos políticos, os eleitores devem ser chamados a pronunciar-se directamente, como defendeu o cardeal português José Saraiva Martins.
Sem querer responder à questão sobre se é a favor da eutanásia, cuja legalização já é defendida por BE e JS, Maria de Belém prefere uma aposta forte nos cuidados paliativos, onde “devem ser feitos investimentos”.
A Ordem dos Médicos recusa falar e remete para o seu mais recente código deontológico (aprovado em Setembro): “Ao médico é vedada a ajuda ao suicídio, a eutanásia e a distanásia”, diz o artigo 57º. No ponto seguinte, afirma-se que o médico, nos casos de doenças avançadas e progressivas, “deve passar a dirigir a sua acção para o bem-estar dos doentes”. Os cuidados paliativos constituem o padrão do tratamento nestas situações, e a forma mais condizente com a; dignidade do ser humano”, lê-se.
Há semanas, a Associação Portuguesa dos Cuidados Paliativos anunciava os resultados de uma sondagem que encomendara: apenas 38% dos portugueses conhecem a expressão. Mas apenas 10% dos doentes terminais ou com doenças graves têm acesso àqueles cuidados.


‘Monica Contreiras’

NEUROTOXINA PODE SER CAUSA DA ELA

A Neurotoxina BMAA presente na relva dos campos de futebol pode ser a causa da esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa que já afetou dezenas de futebolistas entre eles José António, antigo jogador do Leixões e Desportivo de Aves que se viu forçado a abandonar prematuramente os relvados devido ao agravamento do seu estado de saúde num curto espaço de tempo.
Vários factores relacionados com doping, esforço excessivo, uso abusivo de anti-inflamatórios, etc, já foram apontados como causas possíveis da doença, mas a ciência ainda não em uma conclusão definitiva.
Uma nova corrente de pesquisa sobre a origem da doença inclina-se para a possibilidade da neurotoxina sustentada esta semana por Jesus Mora, neurologista e director da unidade de ELA do Hospital Carlos III, de Madrid.
Segundo o especialista, a neurotoxina BMAA, produzida por algas azuis presentes em águas paradas e que se alimentam principalmente de fosfatos como os dos pesticidas, podem ter nos relvados de futebol um óptimo meio de desenvolvimento através das várias sessões de rega a que são sujeitos. As algas azuis e respectivas neurotoxinas também estão relacionadas com outras doenças neurodegenerativas como são os casos do Alzheimer e Parkinson.
Mas as neurotoxina, só por si, não explicam tudo. De acordo com Jesus Mora, outro factor fundamental para o desenvolvimento da doença será a condicionante genética de cada individuo, até porque a esclerose lateral amiotrófica é muito rara.
A patologia foi diagnosticada em mais de 40 jogadores em Itália nos últimos anos, proporção largamente superior à registada na população comum. Adriano Chio, responsável pelo Departamento de Neurologia da Universidade de Turim, analisou 7.325 futebolistas que jogaram na série A e B de Itália, entre 1970 e 2006, e concluiu que a média da doença entre os atletas é seis vezes superior à da população geral.
A ELA provoca uma paralisia dos músculos das pernas e dos braços, da boca e da garganta. Impossibilitando a fala e a deglutição, e no limite, a respiração. Apenas 20 por cento dos pacientes sobrevivem cinco anos, e cinco por cento dos casos são hereditários.


‘Luis Miguel Pereira’

INDEMNIZAÇÃO POR FALTA DE SEXO

Uma mulher italiana de 55 anos vai receber 50 mil euros como ressarcimento por oito anos sem relações sexuais com o seu marido. O condenado, por um juiz de La Spezia, nordeste de Itália, foi o condutor de uma mota, que atropelou o marido da senhora quando este andava de bicicleta. O juiz Fabrizio Pelosi teve em consideração os danos morais e biológicos da mulher, pelo fim abrupto de uma vida sexual serena durante 27 anos de casamento.

CODIGO EUROPEU CONTRA O CANCRO

Algumas formas de cancro podem ser evitadas:

1 – Não fume.
Se é fumador, deixe de o ser o mais rapidamente possível, não fume na presença de outra pessoa.

2 – Modere o seu consumo de bebidas alcoólicas, tais como cerveja, vinhos, bebidas espirituosas.

3 – Evite a exposição demorada ou excessiva ao sol.

4 – Observe as instruções de segurança e de saúde, especialmente nos locais onde se proceda à produção, manipulação ou utilização de qualquer substancia que possa causar cancro.

A sua saúde beneficia das seguintes recomendações, as quais também podem reduzir o risco do cancro:

5 – Coma frequentemente frutas frescas, vegetais e cereais ricos em fibras.

6 – Evite o excesso de peso e faça uso limitado de alimentos ricos em gordura.

A maioria dos cancros podem ser curados quando diagnosticados precocemente:

7 – Procure o médico se encontrar qualquer tumefacção ou verificar qualquer mudança no aspecto e dimensão dum sinal pigmentado ou perdas de sangue.

8 – Procure o médico se tiver problemas persistentes, tais como tosse continua, rouquidão persistente, alterações nos seus hábitos intestinais ou perda de peso sem explicação evidente.

Para a mulher:

9 – De forma regular, obtenha uma citologia cérvico-vaginal.

10 – De forma regular, procure obter uma observação dos seios e, sempre que possível, com intervalos regulares e depois dos 50 anos, faça uma mamografia.

A) FUMAR PROVOCA CANCRO

O tabaco é nocivo à saúde.
É a causa de grande numero de mortes por cancro, em especial do pulmão.
As doenças cardiovasculares e a bronquite crônica são mais freqüentes nos fumadores.
O consumo de tabaco aumenta o risco de cancro da boca, faringe, laringe, esôfago e bexiga.
O ar poluído pelo fumo de tabaco é também prejudicial para os não fumadores, podendo causar-lhes cancro.

B) MODERE O CONSUMO DE BEBIDAS ALCOOLICAS

O consumo em excesso de bebidas alcoólicas favorece o aparecimento de cancro da boca, laringe e esôfago, sendo ainda responsável por outras doenças tais como a cirrose hepática.
Se ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas se junta o hábito de fumar, o perigo de cancro torna-se maior. O álcool é também causa de graves problemas sociais. Todas as bebidas alcoólicas são perigosas para as crianças e jovens menores de 16 anos, pelo que lhes são desaconselhadas.

C) O SOL EM EXCESSO É PREJUDICIAL

A exposição demorada ou excessiva ao sol é a principal causa de cancro da pele.
Os pescadores, os trabalhadores do campo e as pessoas que apanham sol em excesso nas praias e piscinas estão mais sujeitas a cancro da pele.
Redobre os cuidados com as crianças.

D) OBSERVE AS INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA E SAUDE NO AMBIENTE DE TRABALHO

Há muitas substancias que podem causar cancro e com as quais se tem de estar em contacto, em especial em certas profissões.
É o caso dos componentes de arsênio, anilinas, crómio, níquel, amianto, certos tipos de alcatrão, entre outros. Também alguns tipos de radiações são cancerígenas, por exemplo os raios x e as radiações atômicas.
Existem regulamentos de segurança no trabalho que devem ser rigorosamente cumpridos.

E) FRUTA FRESCA, VEGETAIS E CEREAIS RICOS EM FIBRAS SÃO ALIMENTOS INDISPENSÁVEIS

As vitaminas da fruta e dos vegetais frescos, principalmente as vitaminas A e C, podem proteger contra certas formas de cancro da pele e mucosas.
Uma alimentação pobre em gorduras e rica em fibras (hortaliças, legumes, cereais) protege contra o cancro, em especial do intestino.

F) EVITE O EXCESSO DE PESO

Uma alimentação com excesso de gorduras e carne pode contribuir para o aparecimento de certos tipos de cancro e de doenças cardiovasculares.
As pessoas com peso excessivo adoecem com mais freqüência.
A obesidade é uma doença que deve ser evitada desde a infância.
Uma alimentação saudável deve ser pobre em gorduras, principalmente de origem animal, preferir o peixe e ser abundante em vegetais, fruta e outros alimentos ricos em fibras.

G) ESTEJA ATENTO AOS SINAIS DE ALERTA DE CANCRO; CONSULTE O MÉDICO

Se criar o habito de observar o que se passa no seu corpo, poderá contribuir de forma esclarecida para o diagnóstico precoce do cancro.
A maior parte dos cancros, quando diagnosticados numa fase inicial, têm grandes possibilidades de cura.
Dê especial atenção:
- Ao aparecimento de algum caroço ou nódulo.
- À perda anormal de sangue ou outro líquido por qualquer parte do corpo.
- À mudança de aspecto de um sinal ou verruga.

H) PROCURE O MÉDICO SE TIVER PROBLEMAS DE SAÚDE QUE DUREM MAIS DE 3 SEMANAS

Certas alterações ou sintomas banais podem ser sinal de alerta quando durarem mais de 3 semanas, tais como:
- Tosse ou rouquidão persistentes.
- Alterações dos hábitos intestinais ou urinários.
- Perda de apetite ou perda de peso sem justificação.

I) ESPECIAL PARA MULHERES: FAÇA REGULARMENTE UM TESTE DE PAPANICOLAU (ESTUDO DE CÉLULAS CÉRVICO-VAGINAIS)

Este teste, fácil de fazer, exige apenas um simples exame ginecológico.
Permite a prevenção do cancro do colo do útero, causa importante de morte no nosso país.
Pelo estudo das células descamadas do útero, podem ser observadas alterações pré-cancerosas, ou cancro em fase inicial com grandes possibilidades de cura.

J) PROCURE OBTER UMA OBSERVAÇÃO DOS SEIOS COM REGULARIDADE

Um em cada quatro casos de cancro, nas mulheres, é cancro da mama.
Sendo muito freqüente, também é curável na maior parte dos casos (80%).
O diagnóstico precoce depende de si:
- Faça o auto-exame da mama (observação e palpação) todos os meses, logo após a menstruação acabar ou em data fixa se já não for menstruada.
- Vá ao médico se notar alguma diferença de um exame para o outro.
- A partir dos 40 anos deve fazer anualmente um exame clínico da mama.
- Sempre que possível, e entre os 35 e os 40 anos, é aconselhável fazer uma mamografia padrão. A partir dos 50 anos é recomendável fazer este exame todos os anos.

COBRAS MATAM 20 MIL PESSOAS POR ANO

Pelo menos 400.000 pessoas são envenenadas todos os anos por mordeduras de cobras, acabando por morrer cerca de 20 mil. Esta é a estimativa mais conservadora de um grupo de cientistas que publicou um artigo numa revista de medicina norte-americana. O problema é que uma larga maioria das mordidelas não são comunicadas às entidades médicas. Daí que se pense que os valores mais corretos andem pelas 1,9 milhões de mordeduras, que causarão 94 mil mortes. Os países mais perigosos são a Índia, Sri Lanka, Vietname, Brasil, México e Nepal.