Universidade de Cambridge, na Inglaterra, concluiu que níveis de gordura encontrados no exame de sangue independem da dieta do dia anterior.
O engenheiro Carlos Humberto André teve infarto há dez anos. Para controlar as taxas de colesterol, faz exames periódicos. A situação é sempre a mesma: “Fica aquela fila, aquele monte de gente em jejum para fazer exame”.
Ficar sem comer por 12 horas pode ser um desconforto mas é uma exigência dos laboratórios. Porém, um estudo recém-publicado pelo jornal da Associação Médica Americana contesta essa regra.
O resultado da pesquisa reforça suspeitas da classe médica no Brasil - de que os níveis de gordura encontrados no exame de sangue independem da dieta do paciente no dia anterior. A tendência, segundo especialistas, é de que o fim do jejum para testes de colesterol vire rotina.
O cardiologista Luis Carlos Bodanesi diz que a descoberta vai simplificar a vida dos pacientes: “O que demonstra que a gordura é um pouco mais estável no sangue na hora do exame, reflete praticamente a sua gordura sanguínea em dias anteriores. Isso certamente vai facilitar a estratégia de avaliação do paciente e tirar um pouco do estigma de ter que se manter por 12, 14 horas de jejum”.
A novidade agradou quem precisa cuidar do nível de gordura no sangue.
“Vai facilitar a vida de todo mundo que faz esse tipo de exame. O jejum realmente é um desconforto”, comemora Carlos Humberto André.
Isso não vale para todos os exames. Testes para medir a glicemia, por exemplo, precisam de jejum porque a taxa varia muito de acordo com a quantidade de açúcar no sangue.
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