segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Unidade de Saúde Familiar de Loulé vai abrir até Setembro

A primeira Unidade de Saúde Familiar (USF) do concelho de Loulé vai começar a funcionar, o mais tardar, em Setembro.

Para já, a unidade autónoma de clínica geral e familiar, pertencente ao Centro de Saúde local, vai funcionar em módulos pré-fabricados, enquanto espera a construção do edifício que a irá acolher definitivamente, um investimento avultado a construir num terreno doado pela Câmara de Loulé.

Carlos Sousa, diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Central do Algarve, falou com o «barlavento» e levantou o véu sobre este projeto que deverá motivar um investimento de perto de dois milhões de euros.


Além de uma USF com capacidade para dar resposta a «quase 14 mil utentes», o edifício comportará ainda uma Unidade de Cuidados Continuados, a sede administrativa do ACES Central e salas de formação e reuniões, que permitirá à unidade acolher internatos.


A nova USF está apenas à espera que os módulos, que estarão «ligeiramente atrasados», cheguem, uma vez que a autarquia «fez o favor de terraplanar o terreno».


A opção por instalar desde já a USF em módulos pré-fabricados serve para que «não se perca a vontade e esta comece desde já a funcionar», uma vez que o projeto final só deverá estar concluído «dentro de dois anos».


O projeto de arquitetura para o novo edifício, que se quer «consistente e bom», será desenvolvido «durante o ano de 2010». «O edifício terá quatro andares, no rés-do-chão do qual estará instalada a USF Loulé», revelou Carlos Sousa, acrescentando que a ideia é tornar a unidade acessível a todos, nomeadamente a pessoas com mobilidade reduzida.


No primeiro andar, «além dos backoffices da USF, será instalada uma Unidade de Cuidados da Comunidade. «Aqui funcionarão os cuidados continuados, domiciliários, as vacinações e outros serviços», explicou.


«No segundo andar, o projeto contempla salas de reuniões e de formação, que são fundamentais para que sobretudo Loulé possa captar profissionais. Falo de médicos, profissionais de enfermagem e de outras áreas. Para além disso, temos agora uma Faculdade de Medicina no Algarve e vamos precisar de espaço para preparar e formar os novos médicos», ilustrou.


O terceiro e último andar vai ser destinado aos serviços da ACES Central, «que neste momento estão espalhados por diversos centros de saúde».


«Posso estar a mentir, mas não será por muito, mas julgo que será a primeira ACES do país a ter sede própria», contou. Além de melhorar o funcionamento administrativo do agrupamento, permitirá libertar espaços nos Centros de Saúde que a ela pertencem, os de Albufeira, Loulé, Faro, Olhão e São Brás de Alportel.


Este projeto vai nascer num terreno que a Câmara de Loulé doou à Administração Regional de Saúde do Algarve, entidade que será responsável por levar adiante o projeto, numa medida que «foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Municipal, o que nem sempre acontece nestas coisas».


«Não sei dizer exatamente qual é a área do terreno, porque sou médico e não estou muito por dentro desses assuntos (risos), mas posso adiantar-lhe que é vasto», acrescentou Carlos Sousa.


«Esta unidade vem resolver um problema gravíssimo, já que Loulé é o maior concelho do Algarve e não tinha condições para acolher mais médicos nas atuais instalações [do Centro de Saúde de Loulé], que apesar de serem boas, são exíguas para as necessidades», disse.


«Quero agradecer a disponibilidade que a Câmara de Loulé, nomeadamente o doutor Seruca Emídio, meu querido colega de medicina geral e familiar, por nos ter cedido um terreno bem colocado no centro da cidade, numa zona nobre de Loulé, o que para nós era importante», frisou Carlos Sousa.
9 de Agosto de 2010 | 15:06
hugo rodrigues

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