sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Portugueses identificam células que combatem rejeição de órgãos

Estudo do Instituto de Medicina Molecular é publicado domingo no «Journal of Immunology»

Um grupo de investigadores portugueses identificou uma população de células capaz de controlar a acção excessiva do sistema imunitário. Esta descoberta pode ser aplicada no combate à rejeição de órgãos após transplante, sobretudo do fígado.

Luís Graça, director da Unidade de Imunologia Celular do Instituto de Medicina Molecular, explica que a aplicação destes linfócitos reguladores “pode ajudar a minimizar os efeitos crónicos da imunossupressão após transplante, que colocam em risco a vida dos transplantados”.
Os estudos realizados em ratinhos mostraram que estas células produzidas in vitro migram para o fígado. Por essa razão têm uma acção protectora, especialmente concentrada nesse órgão, evitando inflamações ou a rejeição do transplante”, esclarece.

Luís Graça refere que “nos últimos anos tem havido um grande esforço para encontrar e estudar estas células que conseguem controlar a acção excessiva do sistema imunitário. Aquilo que nós identificámos foi uma nova população tem essa propriedade”.

A acção desta população de células, que previne a rejeição é só localizada ao fígado. Assim, consegue evitar a rejeição do transplante, não afectando todas as defesas do organismo.

Os resultados do estudo da equipa de investigadores do IMM são publicados no dia 15 de Agosto na revista «Journal of Immunology».

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