quarta-feira, 27 de abril de 2011

Estudo revela que infecções urinárias podem ser tratadas com probiótico

Um artigo publicado na “Clinical Infectious Diseases” revela um novo tratamento com um probiótico que pode baixar a taxa de recorrência de infecções urinárias em mulheres. Comuns entre o sexo feminino, estas infecções têm como principal problema “a resistência aos antibióticos”, referiu Thomas M. Hooton, um dos autores do estudo, sublinhando a necessidade crescente de se desenvolver outro tipo de métodos para tratá-las e preveni-las.

Quando recorrentes, as infecções urinárias devem-se a alterações na flora vaginal, devido à redução de uma bactéria designada por Lactobacillus crispatus (L. crispatus), que, predominantemente, “está presente na vagina das mulheres saudáveis”, acrescentou o investigador. A ausência desta bactéria facilita o crescimento de bactérias patogénicas, pelo que a sua reposição pode ser um método eficaz na prevenção da infecção urinária.
Neste estudo participou uma centena de mulheres com um histórico de infecções urinárias recorrentes e as quais tinham sido tratadas com antibióticos. Os cientistas da Universidade de Washington, nos EUA, dividiram-nas em dois grupos. Umas foram sujeitas a um tratamento com um supositório intravaginal que continha o probiótico L. crispatus, chamado LACTIN-V. O outro grupo foi tratado com um placebo durante cinco dias seguidos. Posteriormente todas as participantes receberam o mesmo tratamento uma vez por semana, ao longo de dois meses e meio.

Os testes realizados mostraram que sete das mulheres que receberam o probiótico tiveram pelo menos uma infecção urinária, o que aconteceu com 13 das voluntárias do grupo de controlo.

Os autores do estudo acreditam que estes resultados foram “bastante promissores”. No entanto, admitem que é necessário aprofundar esta investigação, a fim de avaliar se este novo tratamento tem potencial para substituir a utilização de antibióticos.

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