segunda-feira, 18 de abril de 2011

Estudo indica que cérebro "encolhe" dez anos antes do diagnóstico da doença de Alzheimer

Um estudo publicado na revista "Neurology" indica que algumas partes do cérebro afectadas pelo Alzheimer começam a encolher dez anos antes de esta doença degenerativa incurável poder ser diagnosticada.
Embora sejam ainda resultados preliminares, os investigadores consideram que, futuramente, esta descoberta poderá permitir, com ajuda da ressonância magnética (RM), determinar quais são as pessoas que apresentam maior risco de desenvolver a doença, às vezes hereditária.

Neste trabalho, os investigares mediram, através de RM, as zonas cerebrais geralmente afectadas pelo Alzheimer de 64 pessoas saudáveis, sem problemas de memória ou outros sintomas de demência, sendo que todos os participantes do estudo foram acompanhados pelos especialistas por um período de sete a 11 anos.

Os cientistas constataram que as pessoas com menor espessura do córtex tinham grandes hipóteses de contrair a doença, em comparação às que possuíam as mesmas partes cerebrais mais espessas.

Assim, no grupo de 11 elementos que tinham as zonas cerebrais estudadas mais modestas, 55 por cento desenvolveram a doença de Alzheimer. Por outro lado, nenhum paciente do grupo de nove pessoas com maiores espessuras dessas mesmas partes do cérebro foi alvo desta doença neurodegenerativa. No grupo dos indivíduos com um tamanho médio dessas regiões cerebrais, 20 por cento contrairam a doença.

"Estes dados são um indicador potencialmente importante das primeiras mudanças relacionadas com o Alzheimer e podem ajudar a prever quais são as pessoas com maior risco de sofrer desta doença e talvez também determinar quando se vai dar a manifestação da doença", explicou Bradford Dickerson, investigador da Universidade de Harvard e primeiro autor do estudo.

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