domingo, 9 de maio de 2010

Estudo promove desenvolvento de vacina contra o HIV

Um estudo publicado na revista Nature, da última quinta-feira, pode ajudar no desenvolvimento de vacinas contra o HIV. Quando alguém é infectado com o vírus, é geralmente uma questão de tempo até que desenvolva Aids, mas há um pequeno número de indivíduos que, mesmo exposto ao vírus, leva muito tempo para apresentar sintomas ou em alguns casos nem desenvolva a doença. Na década de 1990, pesquisadores mostraram que, entre aqueles que são naturalmente imunes ao HIV (que representam 1 em cada 200 infectados), uma grande parte carregava um gene específico, denominado HLA B57.

A pesquisa descobriu que a presença do gene HLA B57 faz com que o organismo produza mais linfócitos T - glóbulos brancos que atuam na proteção contra infecções. Pessoas com o gene têm um número maior de linfócitos T, que se grudam fortemente com mais pedaços do HIV do que aqueles que não têm o gene. Isso aumenta as chances de os linfócitos reconhecerem células que expressam as proteínas do vírus, incluindo versões mutantes que surgiram durante a infecção.

Professores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e do Instituto Médico Howard Hughes afirmam que a descoberta poderá ajudar pesquisadores a desenvolver vacinas que provoquem a mesma resposta ao HIV que ocorre naqueles que têm o gene HLA B57. Segundo eles, apesar de terem um longo caminho pela frente, o HIV está se revelando lentamente e essa descoberta representa outro ponto na luta contra o vírus.

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