quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A cafeína pode proteger contra cancro da pele

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Cafeína protege dos efeitos nocivos do sol.
Cafeína protege dos efeitos nocivos do sol.
Um estudo levado a cabo em ratos sugere que a cafeína altera a actividade de um gene envolvido na destruição de células com DNA danificado e com a possibilidade de se tornar cancerígeno. A equipa de investigação, da Rutgers University (New Jersey, EUA), avança que a descoberta poderá levar a melhor prevenir o cancro da pele.

A doença pode ser causada por excesso de exposição aos raios ultravioletas. O trabalho foi publicado ontem na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Allan Conney , do departamento de Biologia Química e líder do estudo, ao saber que a cafeína tinha estes benefícios, queria saber que o mecanismo molecular específico seria responsável pelo efeito protector da cafeína.

O investigador suspeitava já que o gene ATR pudesse estar envolvido e, por isso, decidiu testar a sua teoria em ratos geneticamente modificados, que tivesse deficiência de genes ATR, expondo-os a raios ultravioletas até desenvolverem cancro de pele.

Após 19 semanas de exposição solar, descobriu que os roedores tinham desenvolvido 69 por cento menos tumores do que aqueles que tinham genes ATR a funcionar normalmente, aparecendo três semanas depois nos ratos geneticamente modificados em relação ao outro grupo de estudo.


Já após 34 semanas de exposição, todos eles tinham tumores, a maioria revelou ter um tipo chamado de carcinoma das células escamosas ou carcinoma espinocelular – o que sugere a possibilidade de a cafeína ter um efeito inibidor em cancro de pele induzido pela exposição solar. A equipa de investigação afirma mesmo que o composto químico tem ainda
“propriedades com um efeito de protector solar”.

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