quinta-feira, 11 de março de 2010

Ginecologistas franceses tentam provar a existência do "ponto G"

Ginecologistas franceses reuniram-se em uma conferência em Paris para tentar provar a existência do “ponto G” feminino. A iniciativa é uma reação às conclusões de uma recente pesquisa do King’s College, de Londres (Inglaterra). “O estudo do King's College mostra falta de respeito em relação ao que as mulheres dizem”, afirma o cirurgião francês Pierre Foldès, co-autor de uma técnica para reparar os danos causados por excisões do clitóris.
Para ele, as conclusões estão completamente erradas porque foram baseadas somente em observações de ordem genética. “É evidente que existem variabilidades na sexualidade feminina”, afirma Foldès. De acordo com o ginecologista Sylvain Mimoun, organizador da conferência em Paris, o ponto G estaria situado a uma distância de cerca de três centímetros da entrada da vagina. “Se uma paciente me perguntar onde está seu ponto G, eu mostro. Qualquer que seja a maneira como chamamos essa zona sensível, G, M ou B, podemos estar certos de sua existência”, diz Mimoun.
Segundo ele, o estudo britânico foi iniciado a partir de falsos pressupostos. “Existem três ideias falsas sobre o ponto G: pensar que ele está situado na mesma área em cada mulher, que ele teria o tamanho de uma moeda de 50 centavos e que ele sempre permite ter um orgasmo”, enumera o ginecologista.
Mimoun afirma que o ponto G é uma área que responde a estímulos. De acordo com o especialista, não se trata de uma questão genética, mas de funcionalidade. “Se uma mulher conhece intimamente sua vagina, ela pode descobrir coisas, incluindo a zona do ponto G. Se ela nunca é tocada, nunca acontecerá nada”, explica.
Para os especialistas franceses, o ponto G seria uma área que as mulheres aprendem a conhecer no decorrer de suas experiências sexuais. “É possível que todas as mulheres tenham um ponto G, mas apenas um terço delas conhece sua existência”, acredita Mimoun. O ponto G foi identificado pela primeira vez em 1950 pelo médico alemão Ernst Gräfenberg.
Fonte: BBC Brasil

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