terça-feira, 3 de maio de 2011

Filhos de pessoas com Alzheimer têm maior risco de adquirir a doença

Estudo publicado na revista“Neurology”

Ilustração de Stéphane Lauzon
Ilustração de Stéphane Lauzon
Um estudo realizado por investigadores da Universidade do Kansas, nos EUA, e publicado na revista “Neurology” indica que pessoas cuja mãe teve Alzheimer têm mais probabilidade de herdar a doença.

De acordo com Robyn Honea, primeiro autor deste trabalho, “estima-se que pessoas com parentes de primeiro grau com Alzheimer são, de quatro a dez vezes, mais susceptíveis de desenvolver a doença, comparativamente a outras sem antecedentes familiares". No entanto, esta probabilidade aumenta, quando o familiar é a mãe.

Os investigadores acompanharam 53 pessoas sem a doença, com 60 anos ou mais, ao longo de dois anos. Onze dos participantes tinham a mãe com doença de Alzheimer, dez participantes tinham o pai na mesma situação e 32 não tinham história familiar da doença.

Todos os voluntários foram submetidos a exames cerebrais e testes cognitivos ao longo do estudo, tendo sido verificado que aqueles cuja mãe tinha Alzheimer apresentavam uma redução duas vezes maior da massa cinzenta, uma ocorrência nesta doença neurodegenerativa, do que o grupo sem história familiar. Além disso, a diminuição da área cerebral, por ano, era 1,5 vezes maior, em comparação com os que tinham o pai com a doença.

"Através de métodos de análise tridimensional, conseguimos examinar as diferentes regiões do cérebro afectadas em pessoas cujas mães ou pais sofressem da doença de Alzheimer. Nas pessoas com antecedentes familiares maternos da doença foram verificadas diferenças nos processos de decomposição em áreas específicas do cérebro que também são afectadas pela doença de Alzheimer, levando à sua redução”, explicou Robyn Honea, acrescentando que “o conhecimento de como a doença se pode herdar poderá conduzir a uma melhor prevenção e tratamento".

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