quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Estudo completíssimo sobre a ingestão de cerveja...

Já era tempo que fosse publicado um estudo sério e que fossem desmistificadas algumas crenças infundadas !

1. A CERVEJA MATA?
Pode. Há uns anos, um rapaz, ao passar pela rua, foi atingido por uma caixa de cerveja que caiu de um camião levando-o à morte instantânea. Além disso, casos de enfarte do miocárdio em idosos teriam sido associados a publicidade de cervejas com modelos de belas mulheres...

2. O USO CONTINUADO DO ÁLCOOL PODE LEVAR AO USO DE DROGAS MAIS PESADAS?
 
Não. O álcool é a mais pesada das drogas: uma garrafa de cerveja pesa cerca de 900 gramas .

3. A CERVEJA CAUSA DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA?

Não. 89,7% dos psicólogos e psicanalistas entrevistados preferem whisky.

4. MULHERES GRÁVIDAS PODEM BEBER SEM RISCO?

Sim. Está provado que nas operações STOP a polícia nunca faz o teste do balão às grávidas. E se elas tiverem que fazer o teste de andar em linha recta, podem sempre atribuir o desequilíbrio ao peso da barriga.

5. A CERVEJA PODE DIMINUIR OS REFLEXOS DOS MOTORISTAS?

Não. Foi feita uma experiência com mais de 500 condutores: foi dada uma caixa de cerveja para cada um beber e, em seguida, foram colocados, um por um, diante do espelho. Em nenhum dos casos os reflexos foram alterados.

6. A BEBIDA ENVELHECE?

Sim. A bebida envelhece muito depressa. Para se ter uma ideia, se se deixar uma garrafa ou lata de cerveja aberta, ela perderá o seu sabor em aproximadamente quinze minutos.

7. A CERVEJA CONDICIONA NEGATIVAMENTE O RENDIMENTO ESCOLAR?

Não, pelo contrário. Algumas universidades estão a aumentar os lucros com a venda de cerveja nas cantinas e bares.

8. O QUE FAZ COM QUE A BEBIDA CHEGUE AOS ADOLESCENTES?

Inúmeras pesquisas têm vindo a ser feitas por laboratórios de renome e todas indicam, em primeiríssimo lugar, o empregado de mesa.

9. A CERVEJA ENGORDA?

Não. Tu é que engordas.

10. A
CERVEJA CAUSA PERDA DE MEMÓRIA?
Que eu me lembre, não.     

Gatos brilhantes podem nos ajudar a combater a AIDS - Entenda!


Gatos geneticamente modificados para brilhar no escuro estão sendo usados para desvendar a AIDS. Os cientistas inseriram um gene nos gatos que os ajuda a resistir à forma felina da doença.

Os pesquisadores também inseriram nos animais um gene que produz uma proteína fluorescente chamada GFP. Esta proteína, produzida naturalmente em águas-vivas, é comumente utilizada nesta área de pesquisa para monitorar a atividade de genes alterados.

“Fizemos isso para marcar células facilmente, só de olhar sob o microscópio ou brilhar uma luz no animal”, explicou o Dr. Eric Poeschla.

O gene antiviral vem de um macaco rhesus, e produz uma proteína chamada fator de restrição, que pode resistir ao vírus da AIDS. A equipe americana e japonesa, em seguida, transferiu este gene, junto com a proteína GFP, em ovos felinos, conhecidos como oócitos.

O método funcionou tão bem que quase todos os descendentes dos ovos modificados tinham os genes de restrição. E as proteínas foram produzidas ao longo corpos dos gatos.

Os pesquisadores descobriram que houve redução de replicação do vírus da AIDS felino, conhecido como vírus da imunodeficiência felina (FIV). Assim como o vírus da imunodeficiência humana, ou HIV, o FIV trabalha exterminando as células-T.

Em humanos e gatos, proteínas chamadas fatores de restrição que normalmente combatem as infecções virais são indefesas contra o HIV e o FIV, porque os vírus evoluíram potentes antiarmas.

Mas as versões do macaco de alguns desses fatores de restrição são capazes de combater o vírus. Até agora, a equipe apenas testou células colhidas de animais, e descobriu que elas eram resistentes à FIV. Mas eventualmente, eles planejam expor os gatos ao vírus e ver se eles estão protegidos.

“Se pudermos mostrar que somos capazes de conferir proteção a esses animais, isso nos daria um monte de informações sobre como proteger os seres humanos”, afirmou Poeschla.

 
BBC

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Casos de câncer cresceram 20% em uma década

12 milhões por ano
A incidência de cânceres no mundo cresceu 20% na última década, sendo registrados 12 milhões de novos casos ao ano - número superior à população da cidade de São Paulo -, informou nesta quarta-feira a ONG World Cancer Research Fund (WCRF).
Para efeitos comparativos, na última década, a população global passou de ao redor de 6,2 bilhões de pessoas a 6,9 bilhões (aumento de cerca de 11%), segundo estatísticas da ONU.
Os cálculos do WCRF, feitos a partir de dados da Organização Mundial da Saúde, apontam que cerca de 2,8 milhões desses casos estão relacionados à alimentação, às atividades físicas e ao peso da população, "número que deve crescer dramaticamente ao longo dos próximos dez anos", segundo a ONG.
Câncer no Brasil
No caso do Brasil, os dados mais recentes levantados na pesquisa, disponibilizados pelo banco de dados Globocan, da OMS, datam de 2008 e apontam que os tipos mais comuns de câncer são, entre os homens, o de próstata (com 41,6 mil casos registrados) e pulmão (16,3 mil).
Entre as mulheres brasileiras, a maior incidência era de câncer de mama (42,5 mil casos) e de colo do útero (24,5 mil).
Para a WCRF, também aqui muitos casos de câncer têm relação com o estilo de vida.
"Estimamos que cerca de 30% dos tipos de câncer que estudamos no Brasil estão relacionados à dieta, às atividades físicas e ao peso", disse por e-mail à BBC Brasil um porta-voz da ONG, Richard Evans.
"Com relação ao câncer de intestino, um dos tipos de câncer mais ligados ao estilo de vida, estimamos que 37% dos casos brasileiros estejam relacionados a esses fatores."
Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, do IBGE, apontam um ritmo crescente de obesidade entre as crianças brasileiras: cerca de 16% dos meninos e 12% das meninas com idades entre 5 e 9 anos são hoje obesas no país, quatro vezes mais do que há 20 anos.
O aumento recente da renda média do brasileiro levou à substituição dos alimentos naturais pelos industrializados e a maiores níveis de estresse e sedentarismo, que estão por trás do crescimento dos índices de obesidade na população, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil em agosto.
O movimento foi acompanhado por um aumento nas taxas de excesso de peso, que passaram de 42,7%, em 2006, para 48,1%, em 2010, segundo pesquisa do Ministério da Saúde.
Doenças não transmissíveis
O alerta é feito em antecipação à conferência da ONU, entre 19 e 20 de setembro, sobre as chamadas doenças não transmissíveis - câncer, males cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas e diabetes.
"As doenças não transmissíveis são uma ameaça ao mundo inteiro e, em particular, países em desenvolvimento", diz comunicado da WCRF.

Identificado gene associado com dores crônicas

Gene da dor crônica
Um gene responsável pela regulação da dor crônica, chamada HCN2, foi identificado por cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
A pesquisa, publicada hoje pela revista Science, abre a possibilidade do desenvolvimento de drogas para bloquear a proteína produzida pelo gene, a fim de combater a dor crônica.
Há vários tipos de dores crônicas, ou de longa duração, sendo as mais comuns a artrite, a dor nas costas e as dores de cabeça.
Dor inflamatória e dor neuropática
As dores crônicas ocorrem em duas variedades principais.
A primeira, a dor inflamatória, ocorre quando uma lesão persistente (por exemplo, uma queimadura ou artrite) resulta em uma maior sensibilidade das terminações nervosas sensíveis à dor, aumentando assim a sensação de dor.
A segunda variedade, a dor neuropática, é mais difícil de tratar por ser causada por danos nos nervos, gerando uma dor contínua e uma hipersensibilidade aos estímulos.
A dor neuropática, que muitas vezes persiste ao longo de toda a vida, é uma condição surpreendentemente comum, e contra a qual os remédios atuais não são eficazes.
Gene HCN2
A equipe do professor Peter McNaughton descobriu que um gene específico, chamado HCN2 tem estreita ligação com a dor neuropática.
O gene HCN2, que é expresso nas terminações nervosas sensíveis à dor, é conhecido há vários anos, mas seu papel na regulação da dor não era bem compreendido.
Como um outro gene correlacionado, o HCN4, desempenha um papel crítico no controle da frequência da atividade elétrica do coração, os cientistas suspeitavam que o HCN2 poderia regular a frequência da atividade elétrica nos nervos sensíveis à dor.
E foi justamente isso que os estudos mostraram.
Mantendo a dor normal
O gene HCN2 foi silenciado em estudos em culturas de células (in vitro) e em camundongos geneticamente modificados (in vivo).
Os animais que tiveram o gene silenciado ficaram imunes à dor crônica.
Curiosamente, os cientistas descobriram que o silenciamento do HCN2 não afeta a dor aguda normal, o tipo de dor produzida por uma lesão repentina, como cortar um dedo ou morder a língua.
"Muitos genes desempenham um papel fundamental na sensação de dor, mas, na maioria dos casos, interferir com eles simplesmente abole toda a dor, ou até mesmo toda a sensação.
"O que é entusiasmante no trabalho com o gene HCN2 é que removê-lo, ou bloqueá-lo farmacologicamente, elimina a dor neuropática, sem afetar a dor aguda normal.
"Esta descoberta pode ser muito valiosa clinicamente, porque a sensação de dor normal é essencial para evitar danos acidentais," disse o professor McNaughton.

Hospital de Faro reduz gastos em 600 mil euros de euros

A Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS) decidiu enviar os doentes de cirurgia Cardio-Torácica para os Hospitais públicos de Santa Marta, Santa Maria e Santa Cruz, ao invés de os encaminhar para o Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa. Medida reduz custos já em 2011. 
A partir de 5 de Setembro, o Serviço de Cardiologia do Hospital de Faro, passou a referenciar todos os doentes do Algarve no âmbito da especialidade para aquelas unidades públicas, por recomendação da ARS de 17 de Agosto de 2011.
Segundo aquele organismo, esta recomendação foi operacionalizada e desenvolvida pelo Hospital de Faro em a colaboração com as ARS do Algarve e de Lisboa e Vale do Tejo e o Coordenador Nacional para as Doenças Cardiovasculares.
A medida permitirá ao Hospital de Faro reduzir até ao final do ano de 2011 a despesa com o tratamento daqueles pacientes em cerca de 600 mil euros, prevendo-se que para o ano de 2012 o impacto se traduza numa redução de despesa de 2,5 milhões de euros, refere ARS em comunicado.
A decisão integra os compromissos assumidos pelos Hospitais do Algarve e pela ARS Algarve, no âmbito do Plano de racionalização organizativa dos Hospitais do Algarve e dá cumprimento às orientações do Ministro da Saúde, com o objectivo de garantir os compromissos assumidos no Memorando de Entendimento estabelecido com a troika composta pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, salienta também o comunicado.

Observatorio do Algarve

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Efeitos da depressão psicótica

Por Fábio de Castro, do Rio de Janeiro

Pessoas com depressão muitas vezes apresentam também manifestações psicóticas. Mas, até agora, a medicina não tem métodos objetivos para diferenciar esses casos dos quadros depressivos comuns, o que dificulta a adoção de tratamentos específicos.
Correlacionando dados de neuroimagem e testes clínicos, um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP) dá os primeiros passos para definir as diferenças clínicas e biológicas entre a depressão psicótica e não psicótica.
Dados preliminares de um estudo coordenado por Cristina Marta Del Ben, do Departamento de Neurociência e Comportamento da FMRP-USP, indicam que pacientes com depressão psicótica apresentam alterações no volume de determinadas estruturas cerebrais.
O estudo, ligado ao Projeto Temático "Neurotransmissores típicos e atípicos em transtornos neuropsiquiátricos", apoiado pela FAPESP e coordenado por Francisco Silveira Guimarães, da FMRP-USP, foi apresentado na sexta-feira (26/08), durante a 26ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), no Rio de Janeiro.
O estudo avaliou 23 pacientes com depressão psicótica, 25 com depressão não psicótica e 29 pessoas saudáveis para controle. O objetivo era observar as diferenças entre a depressão com e sem psicose. “Mas achamos importante correlacionar esses resultados de alterações biológicas com medidas clínicas e funções psíquicas mais finas. Por isso, combinamos esses dados a uma avaliação clínica detalhada”, disse Del Ben à Agência FAPESP.
Os dados de neuroimagem foram obtidos com um scanner de 3 tesla. Os pacientes também foram submetidos a uma espectroscopia para detectar a presença de uma série de metabólitos. Os dados foram então analisados por um software específico.
“Mas não podíamos nos restringir aos dados biológicos, pois era preciso considerar a emoção e o comportamento envolvidos nas manifestações da doença. Por isso, desenvolvemos também paradigmas para avaliar as interferências no processamento de memória verbal e visual envolvendo estímulos emocionais”, disse Del Ben.
Em um dos testes, os pacientes tinham que memorizar uma lista de 15 palavras com significado positivo, negativo ou neutro. Uma segunda lista de 15 palavras era então apresentada e os participantes deveriam identificar as palavras que já estavam presentes antes.
Outro teste semelhante foi feito com imagens positivas, negativas e neutras. Um terceiro teste envolvia a identificação de rostos humanos expressando diferentes tipos de emoção.
“Embora todos os pacientes tivessem depressão com o mesmo grau de gravidade, aqueles que apresentavam a manifestação psicótica demonstraram uma tendência maior a ficar atentos ao negativo. Não percebiam estímulos positivos que já tinham visto, ou achavam que tinham visto estímulos negativos que não tinham visto. É como se eles apresentassem um viés para o que é ruim”, disse Del Ben.
Algumas estruturas cerebrais dos pacientes com depressão psicótica apresentaram alterações no volume. A principal diferença ocorreu no istmo do giro do cíngulo, que estava reduzido nesses pacientes. De acordo com Del Ben, essa estrutura faz parte do sistema límbico, uma região do cérebro responsável pelas emoções.
“A redução da parte posterior do giro do cíngulo foi significativa nos pacientes com depressão psicótica, distinguindo-os muito bem dos não psicóticos. Além disso, há uma correlação com a gravidade. Quanto mais grave o caso do paciente psicótico, menor se apresentava a estrutura”, apontou.
Tratamento específico
Segundo a cientista, os dados são preliminares e foram obtidos há cerca de dois meses. “Apenas começamos a fazer as correlações. Mas agora temos dados para fazer a conexão entre as alterações nas estruturas cerebrais e essa tendência a superestimar o lado negativo das coisas”, afirmou.
O istmo do cíngulo faz a conexão entre o lobo occipital – uma estrutura importante para o processamento visual e a percepção do estímulo externo – com o sistema límbico. Segundo a pesquisadora, o trabalho abre caminho para levantar até que ponto a depressão com psicose pode estar ligada a uma percepção distorcida de estímulo externo.
“É uma possibilidade que estamos levantando. A possibilidade de uma distorção na percepção do estímulo externo é, a princípio, coerente com a presença de delírio e alucinação, típicas da manifestação psicótica. Ainda temos que explorar esse possível problema na integração entre mundo externo e percepção subjetiva”, explicou.
Segundo Del Ben, é possível que a depressão psicótica e não psicótica sejam condições distintas de transtorno mental, que mereceriam abordagens específicas. Por isso, é importante estudar essa diferença.
“Entender a fisiopatogenia da doença é fundamental para a psiquiatria. Estamos aquém de outras especialidades médicas nessa área. É preciso aprofundar nossa compreensão de todo o processo para intervir de maneira mais apropriada. Atualmente, os pacientes são medicados com antidepressivos que causam uma modificação bastante inespecífica, no cérebro todo. Ainda não sabemos se é possível utilizar um tratamento mais específico e personalizado”, afirmou.
Além de Del Ben, participaram do trabalho a pós-doutoranda Maristela Schaufelberger Spanghero, atualmente docente da FMRP, e as alunas de mestrado Aline Gerbasi Balestra e Helena Pinho de Sá.