quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Obesidade nem sempre é doença


Pessoas com excesso de peso estão menos propensas a desenvolver problemas cardiovasculares
Pessoas com excesso de peso estão menos propensas a desenvolver problemas cardiovasculares
As pessoas com excesso de peso que levam uma vida saudável podem viver tanto como as magras e estão até menos propensas a desenvolver problemas cardiovasculares, segundo um estudo da Universidade de York, Canadá, avança a LUSA.

Os investigadores estudaram seis mil americanos obesos durante 16 anos e compararam o seu risco de mortalidade com o de pessoas magras.

“Os nossos resultados questionam a ideia de que todos os obesos necessitam de perder peso”, afirmou Jennifer Kuk, professora na escola de York de Cinesiologia e Ciência da Saúde e coordenadora do estudo publicado na revista ‘Fisiologia, Nutrição e Metabolismo’.

Segundo a investigadora, tentar perder peso e fracassar pode ser pior para a saúde do que manter um peso elevado e levar um estilo de vida saudável que inclua alguma actividade física e uma dieta equilibrada com muita fruta e verdura.


O estudo revelou que as pessoas obesas com poucos ou nenhum problema físico ou psicológico e que entram na idade adulta já com esse peso a mais tentam menos vezes fazer uma dieta durante a sua vida e têm mais facilidade em ser fisicamente activas.

A cafeína pode proteger contra cancro da pele

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Cafeína protege dos efeitos nocivos do sol.
Cafeína protege dos efeitos nocivos do sol.
Um estudo levado a cabo em ratos sugere que a cafeína altera a actividade de um gene envolvido na destruição de células com DNA danificado e com a possibilidade de se tornar cancerígeno. A equipa de investigação, da Rutgers University (New Jersey, EUA), avança que a descoberta poderá levar a melhor prevenir o cancro da pele.

A doença pode ser causada por excesso de exposição aos raios ultravioletas. O trabalho foi publicado ontem na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Allan Conney , do departamento de Biologia Química e líder do estudo, ao saber que a cafeína tinha estes benefícios, queria saber que o mecanismo molecular específico seria responsável pelo efeito protector da cafeína.

O investigador suspeitava já que o gene ATR pudesse estar envolvido e, por isso, decidiu testar a sua teoria em ratos geneticamente modificados, que tivesse deficiência de genes ATR, expondo-os a raios ultravioletas até desenvolverem cancro de pele.

Após 19 semanas de exposição solar, descobriu que os roedores tinham desenvolvido 69 por cento menos tumores do que aqueles que tinham genes ATR a funcionar normalmente, aparecendo três semanas depois nos ratos geneticamente modificados em relação ao outro grupo de estudo.


Já após 34 semanas de exposição, todos eles tinham tumores, a maioria revelou ter um tipo chamado de carcinoma das células escamosas ou carcinoma espinocelular – o que sugere a possibilidade de a cafeína ter um efeito inibidor em cancro de pele induzido pela exposição solar. A equipa de investigação afirma mesmo que o composto químico tem ainda
“propriedades com um efeito de protector solar”.

13.000 atendimentos nos 32 postos de praia no Algarve - Portugal, durante o mês de julho

Foto

Praias do Algarve

Durante o mês de julho foram efetuados um total de 13.132 atendimentos nos 32 Postos de Saúde de Praia, disponibilizados, no âmbito do Plano de Verão 2011, pela Administração Regional de Saúde do Algarve IP, em colaboração com a Cruz Vermelha Portuguesa, com o objetivo de dar resposta a situações clínicas que possam ser tratadas no local ou em caso de necessidade encaminharem devidamente o utente para uma unidade saúde mais adequada.
De acordo com os indicadores do Plano Verão sobre o tipo de atendimentos efetuados nos Postos de Saúde de Praia, verifica-se que foram realizados 6.338 atendimentos para tratamentos e suturas, 4.546 para medições de pressão arterial, 989 atendimentos devido a picadas de peixe-aranha e insectos, 661 para realizar testes de glicemia e 460 para administrar injecções, tendo sido registadas durante este período 138 encaminhamentos para outras unidades de saúde (Hospitais e SUB’s).


De salientar que, do total de atendimentos registados até ao momento, 62% dos cidadãos atendidos nos Postos de Saúde de Praia não são residentes na Região do Algarve (53% são residentes noutras regiões do país e 9% são estrangeiros) e os restantes 38% são residentes no distrito de Faro, percentagens que se justificam dado o elevado número de turistas, nacionais e estrangeiros, que se encontram na região algarvia durante esta época do ano.

Comparativamente com igual período do ano transato, constata-se um pequeno decréscimo no número total de atendimentos, sendo que no mês de julho de 2010 registaram-se 13.564 contra os 13.132 deste ano, o equivalente a decréscimo de 3,2%.


Os Postos de Saúde de Praia funcionam entre as 10 horas e as 20 horas até ao final do mês de Agosto, excepto 12 postos que se irão manter em funcionamento até 15 de Setembro.


Desde 2010, que os recursos afectos aos postos de praia são potenciados através da comunicação por via telefónica entre os enfermeiros dos postos de praia e o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, permitindo uma integração adequada com o dispositivo pré-hospitalar.


O Plano de Verão de 2011 dispõe ainda de consultas destinadas aos cidadãos que visitam o Algarve e que necessitam de cuidados de saúde na doença aguda não emergente ou de renovação de receituário para apoio a doença crónica.


O Algarve conta ainda com uma rede de emergência pré-hospitalar dotada de 4 ambulâncias SIV, sedeadas em Lagos, Quarteira, Tavira e Castro Marim, 3 viaturas médicas de emergência e reanimação em Portimão, Albufeira e Faro e 1 Helicóptero do INEM sedeado no heliporto de Loulé. A Rede de Urgência Hospitalar dispõe de 4 Serviços de Urgência Básicos (SUB), situados em Lagos, Albufeira, Loulé e Vila Real de Santo António e 2 Serviços de Urgência Hospitalares em Portimão e Faro.


O Plano de Verão desempenha um papel fundamental para a qualificação da região como um destino saudável e seguro, contribuindo para a competitividade da economia da região.

Tormento: doença faz com que pessoas ouçam o movimento dos próprios olhos


A Síndrome de Deficiência de Canal Semicircular Superior (SDCSS) é um nome complexo para uma doença rara – e bizarra. Quem sofre da síndrome é capaz de ouvir o movimento dos próprios olhos, do coração batendo ou de qualquer outro movimento imperceptível do corpo, pelo menos para a maioria das pessoas.

Ao longo de dois anos, Toby Spencer sofreu com essa síndrome. O problema dele era a orelha esquerda. “Um dos primeiros sintomas, e provavelmente o mais perturbador, era ouvir os movimentos do meu olho esquerdo na minha cabeça”, afirma. Se ele virasse a cabeça para a esquerda rapidamente, sentia que estava perdendo o equilíbrio.

Por dois anos, os médicos de Spencer não descobriram o problema. Mas quando o paciente encontrou um fórum com pessoas que tinham os mesmos sintomas, descobriu sozinho a síndrome rara.


A SDCSS é um problema auditivo causado por um pequeno orifício – não maior do que uma cabeça de alfinete – no osso que cobre o canal semicircular superior no ouvido interno. Descoberta em 1998, a síndrome pode causar dificuldades de audição, problemas de equilíbrio, ou ambos.


Ouvir o movimento dos olhos – que soa como madeira sendo lixada – é uma das queixas mais incomuns e bizarras descritas pelas pessoas com a síndrome.


Ela é causada pelo enfraquecimento dos ossos da cabeça, e as pessoas provavelmente já nascem com o problema. A maioria dos pacientes diagnosticados não faz cirurgia por não achar necessário.


Não é o caso de Toby Spencer, que afirma que a SDCSS estava afetando profundamente sua qualidade de vida. Em abril deste ano, ele fez uma cirurgia para tapar o buraco no osso do ouvido, e agora não sofre mais com os barulhos bizarros. “Meu maior pesadelo foram os dois anos que passei sem saber o que havia de errado comigo”, admite.

 
MSN

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Presença de médicos cubanos não pode ser contestada

O vice-presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral (APMCG), Rui Nogueira, defendeu hoje que não se pode contestar a presença de cerca de 40 médicos cubanos em Portugal quando faltam 1.000 médicos de família.  
 
O vice-presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral (APMCG), Rui Nogueira, defendeu hoje que não se pode contestar a presença de cerca de 40 médicos cubanos em Portugal quando faltam 1.000 médicos de família.
“Não nos cabe a nós contestar a vinda de colegas de outros países quando há carências e sabemos que faltam 1.000 médicos de família em Portugal. Não nos podemos opor que venham ajudar-nos nesta tarefa”, disse Rui Nogueira, em declarações à agência Lusa.
O primeiro grupo de médicos cubanos chegou a 08 de agosto de 2009, no âmbito de um contrato celebrado entre os governos de Portugal e de Cuba, para prestar cuidados médicos em centros de saúde no Alentejo, Algarve e Ribatejo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Anticorpo abre caminho para vacina universal contra a gripe


O primeiro anticorpo que poderá eliminar todos os tipos de vírus da gripe foi isolado e testado em ratos, um fato que abre caminho para uma vacina universal contra a gripe, segundo um estudo divulgado esta semana na revista Science.

O anticorpo amplamente neutralizador, chamado FI6, foi tirado de células de plasma humano. Testado em animais de laboratório muito contaminados como vírus da gripe, foi capaz de vencer a doença, o que é uma esperança tanto para usos terapêuticos como para vacinas.

O virologista britânico John Skehel, do Instituto de Pesquisa Médica do Conselho Nacional de Pesquisa Médica em Mill Hill, disse que a descoberta poderá eliminar a necessidade de combinar diferentes anticorpos em uma única vacina contra a gripe a cada temporada.

O anticorpo foi testado nos 16 tipos de vírus de gripe A e funcionou contra a muito comum variável hemaglutinina (HA), a proteína que se encontra na superfície do vírus da gripe.

O principal autor do estudo, Antonio Lanzavecchia, diretor do Instituto de Pesquisas em Biomedicina da Suíça, disse que a imprevisibilidade de novas pandemias coloca em evidência a necessidade de melhores tratamentos para todos os vírus da gripe.

- Como primeiro e único anticorpo dirigido a todos os subtipos conhecidos do vírus da influenza A, FI6 representa uma nova opção terapêutica importante.

As pandemias de gripe são imprevisíveis e milhões de pessoas em todo mundo são infectadas anualmente com variedades de gripe sazonal, que podem ser letais em pessoas com o sistema imunológico frágil, como crianças, idosos e mulheres grávidas.

A difusão da gripe A (H1N1) matou ao menos 18.449 pessoas e afetou 214 países depois de ser descoberta no México e nos Estados Unidos em abril de 2009.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a pandemia em 11 de junho de 2009, que foi formalmente considerada superada em 10 de agosto de 2010.

 
AFP

Criada nova técnica para identificar tumores na mama

Criada nova técnica para identificar tumores na mama
Médicos que não participaram do desenvolvimento da nova técnica terão que fazer uma avaliação independente das vantagens das novas imagens, em comparação com aquelas obtidas a partir de raios-X convencionais.[Imagem: PSI]
Mamografia de alta resolução
Pesquisadores do Instituto Paul Scherrer da Suíça desenvolveram uma nova técnica para diagnosticar o câncer de mama.
Este novo método consegue revelar estruturas que não podem ser vistas usando a mamografia convencional.
O procedimento padrão atual baseia-se unicamente na extensão com que os raios X são atenuados pelas estruturas dos diversos tecidos.
O novo método faz uso também do fato de que, como os raios X na verdade são ondas, suas propriedades mudam ligeiramente quando viajam através dos tecidos.
Essas mudanças são mensuráveis e agora estão ajudando na criação de uma imagem mais significativa e de maior resolução do objeto sob investigação.
Nova mamografia
O objetivo de qualquer mamografia é detectar tumores na mama tão cedo quanto possível, de modo que o tratamento possa começar a tempo.
Assim, espera-se que um bom procedimento de mamografia reconheça o máximo possível de alterações do tecido, distinguindo claramente o tecido tumoral de qualquer outro tecido, detectando as menores alterações possíveis e evitando falsos positivos.
Ao mesmo tempo, a dose de radiação administrada durante o exame deve ser mantida o mais baixo possível.
"Por exemplo, poderíamos utilizar este novo processo para distinguir tecido tumoral de cicatrizes, e identificar nódulos de câncer extremamente pequenos, de um tamanho que nunca seria identificado pelos exames atuais," disse o Dr. Nik Hauser, que liderou o projeto no lado médico.
Um estudo clínico está atualmente em andamento, e deverá comprovar as vantagens do novo método em um grupo maior de pacientes.
Para isso, médicos que não participaram do desenvolvimento da nova técnica terão que fazer uma avaliação independente das vantagens das novas imagens, em comparação com aquelas obtidas a partir de raios-X convencionais.
Ondas de raios X
Neste novo procedimento, os raios X atravessam a mama exatamente da mesma maneira que em uma mamografia convencional.
No entanto, uma imagem de raios X normal só consegue determinar o quanto o feixe foi retido pelo tecido - basicamente, uma imagem de raios X mostra apenas a sombra projetada pelo objeto sob investigação.
No entanto, os raios X também passam por uma outra mudança sutil conforme viajam através de um objeto.
Fisicamente, os raios X são ondas eletromagnéticas e, à medida que passam através de estruturas de diversos tecidos, a direção das ondas sofre ligeiras alterações - um efeito semelhante ao que ocorre com as ondas batendo nos pilares de um cais no porto.
"Passamos anos desenvolvendo métodos para investigar essas mudanças e interpretar a informação que elas contêm, para que possamos criar a base para novos métodos de investigação para serem usados em pesquisas médicas e de materiais," explicou Marco Stampanoni, líder da equipe de engenharia do projeto.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Memória epigenética é herdada sem alterar o DNA

Memória epigenética é herdada sem alterar o DNA
As células que têm o gene FLC ativado estão marcadas em azul. Neste exemplo de memória epigenética, o que importa não é o estado ativado ou silenciado do gene, mas a quantidade de células que têm esse gene em uma ou em outra posição
Além da genética
Pesquisadores descobriram que um organismo pode criar uma memória biológica de alguma condição variável, como a qualidade da alimentação ou a temperatura.
E essa memória biológica não fica restrita ao indivíduo, ela pode ser transmitida aos seus descendentes.
A descoberta tem grande impacto no eterno cabo-de-guerra entre os geneticistas estritos, que defendem que os animais, humanos incluídos, são frutos do seu código genético, e aqueles cientistas com visão mais holística, que aceitam a influência dos chamados fatores ambientais, o que inclui o aprendizado.
Esse campo de pesquisas, que vai além do DNA, é chamado de epigenética.
Memória epigenética
A descoberta explica o mecanismo dessa memória - uma espécie de interruptor biológico - e como ela pode ser herdada pelos descendentes.
"Há uma série de exemplos que agora já conhecemos de onde a atividade dos genes pode ser afetada a longo prazo por fatores ambientais. E, em alguns casos, o ambiente de um indivíduo pode realmente afetar a biologia ou a fisiologia de seus descendentes, mesmo sem nenhuma alteração na sua sequência genética," explica o Dr. Martin Howard Dean, do John Innes Centre, no Reino Unido.
Por exemplo, alguns estudos têm mostrado que, em famílias onde havia uma grave escassez de alimentos na geração dos avós, filhos e netos têm maior risco de doenças cardiovasculares e diabetes.
Mas, até agora, não havia um mecanismo claro para explicar como os indivíduos podem desenvolver essa memória epigenética de um fator externo variável, como a nutrição.
Contagem dos genes
A equipe usou o exemplo de como as plantas se "lembram" da duração do período frio de inverno, a fim de determinar com precisão o período da floração, para que a polinização, o desenvolvimento, a dispersão das sementes, a germinação e tudo o mais possa acontecer no momento apropriado.
"Nós já sabíamos muito sobre os genes envolvidos no florescimento e era claro que algo que se passa no inverno afeta o momento da floração, de acordo com a duração do período de frio," diz Howard.
Usando uma combinação de modelagem matemática e análise experimental, a equipe descobriu o sistema pelo qual um gene-chave, chamada FLC, é ou completamente ligado (ativado) ou completamente desligado (silenciado) em qualquer célula, mantendo sua posição de ligado ou desligado nos descendentes.
Os cientistas descobriram que, quanto maior o período de frio, maior é a proporção de células que têm o FLC ajustado na posição desligado de forma estável.
Isto atrasa o florescimento, o que forma um exemplo clássico da memória epigenética - o que importa não é o estado ativado ou silenciado de um gene, mas a quantidade de células que têm esse gene em uma ou em outra posição.

Super anticorpo pode levar a vacina universal contra gripe


Super anticorpo pode levar a vacina universal contra gripe
A hemaglutinina tem sido o alvo de todas as tentativas de neutralizar os vírus da gripe.
Metralhadora imunológica
Cientistas suíços descobriram um anticorpo que ataca todos os tipos de vírus da gripe (influenza A), incluindo gripe suína, gripe aviária, e gripe espanhola.
A pesquisa, publicada na revista Science, pode ser uma rota segura para o desenvolvimento de uma vacina universal contra a gripe, que não precise ser refeita todos os anos.
"Este trabalho representa um desenvolvimento entusiasmador na pesquisa sobre a gripe porque ele lida com um problema que surge quando um novo vírus, contra o qual a população tem uma imunidade limitada, se transfere e se espalha entre humanos," disse o Dr. Steven Gamblin, que descobriu o novo anticorpo juntamente com seus colegas John Skehel e Antonio Lanzavecchia.
Super anticorpo
Depois de analisarem mais de 100.000 amostras de células imunológicas de pacientes que tiveram gripe ou que tomaram uma vacina sazonal contra a gripe, os cientistas isolaram o super anticorpo.
Chamado FI6, o anticorpo ataca uma proteína encontrada na superfície de todos os vírus da influenza A, chamada hemaglutinina.
A hemaglutinina tem sido o alvo de todas as tentativas de neutralizar os vírus da gripe.
Mas isso não é fácil porque a proteína passa por um processo contínuo de evolução, forçada pela pressão dos anticorpos que a atacam. É por isso que é necessário refazer as vacinas contra a gripe todos os anos.
Hemaglutinina
Geneticamente, há 16 subtipos de hemaglutinina nos vírus da gripe, que formam dois grupos.
Os anticorpos normalmente neutralizam as cepas homólogas dentro de um dado subtipo, e novas vacinas têm que ser produzidas a cada ano para coincidirem com essas cepas.
Já haviam sido descobertos anticorpos capazes de neutralizar vários subtipos da proteína dentro do grupo 1 ou do grupo 2.
Mas esta é a primeira vez que se identifica um anticorpo capaz de atacar todos os 16 subtipos dos vírus dos grupos 1 e 2.

Mulheres têm pesadelos, homens sonham com sexo - diz Pesquisa


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De acordo com pesquisadores britânicos, mulheres costumam ter mais pesadelos que homens. A psicóloga Jennie Parker, da Universidade de West of England pediu a 100 mulheres e a 93 homens que preenchessem um caderno, relatando seus sonhos diariamente. O fato que sonhos assustadores parecem mais recorrentes no sexo feminino foi sua principal descoberta.

Segundo Parker, se alguém pedir a uma mulher que ela relate o sonho mais significativo que já teve, é mais provável que ela conte sobre um pesadelo horrível que a marcou. E, comparando pesadelos de homens e mulheres, os femininos parecem ser muito mais intensos.


Os relatos dos sonhos dos rapazes, no entanto, continham mais referências à atividades sexuais. Homens sonham mais sobre o ato em si enquanto as garotas tendem a sonhar mais com beijos.


Outra curiosidade é que, nos sonhos das mulheres, situações negativas, motivadas por baixa auto-estima, medo de falhas. Membros da família também são figuras mais presentes em sonhos femininos.


A psicóloga afirma que a idéia de fazer tal pesquisa foi motivada por seus próprios pesadelos. De acordo com Parker, dois temas recorrentes apareciam em seus sonhos: ondas gigantescas no mar de sua cidade natal, que ameaçavam afoga-la e um dinossauro, andando pela cidade, que olhava para ela através de sua janela. “Fiquei me perguntando se situações como essas eram comuns nos sonhos de outras mulheres” explica.


FONTE: Science Daily, Live Science, MSNBC

Como a malária se introduz no cérebro


Como a malária se introduz no cérebro
Imagens in vivo revelaram o acúmulo de glóbulos vermelhos infectados no cérebro dos animais, durante o processo de infecção.
Malária no cérebro
Cientistas identificaram o mecanismo pelo qual o parasita da malária se acumula no cérebro e em outros tecidos profundos, abrindo caminho para o enfrentamento da condição.
A malária é uma grande ameaça à saúde global, infectando mais de 200 milhões de pessoas e matando cerca de 800 mil a cada ano.
A doença é causada pelo protozoário Plasmodium falciparum, que é transportado e transmitido por mosquitos.
Malária cerebral
A chamada malária cerebral - a acumulação de glóbulos vermelhos infectados no cérebro - é uma das complicações mais graves da malária.
A condição provoca coma e muitas vezes vem associada com convulsões - mas os mecanismos subjacentes não eram claros.
Agora, Laurent Renia e seus colegas da Rede de Imunologia de Cingapura descobriram como glóbulos vermelhos infectados com o parasita da malária se acumulam no cérebro.
A equipe infectou várias linhagens diferentes de camundongos com parasitas P. berghei que tinham sido geneticamente modificados para expressar o gene fluorescente da luciferase.
Eles então usaram imagens in vivo para visualizar, em tempo real, a distribuição dos glóbulos vermelhos infectados.
O grupo descobriu que os animais normais morreram da malária cerebral experimental induzida de 6 a 12 dias após terem sido infectados.
Camundongos mutantes sem as células B e T do sistema imunológico, devido à mutação genética, no entanto, não desenvolveram a malária cerebral, sugerindo que essas células são mediadoras da acumulação do parasita no cérebro.
Célula T
Experiências posteriores revelaram que o acúmulo do parasita no cérebro é mediado por um tipo particular de célula T, chamada CD8+.
Camundongos mutantes sem este tipo de célula tinham um número de glóbulos vermelhos infectados no cérebro e no baço significativamente reduzido, como mostrado por imagem fluorescente.
A imagem também revelou que os ratos mutantes sem as células T CD8+ acumularam poucos parasitas no cérebro durante a primeira semana de infecção, o período durante o qual normalmente se desenvolve a malária cerebral, mas não em momentos posteriores.
Interferon-gama
Os pesquisadores então examinaram o papel do interferon-gama, uma citocina pró-inflamatória conhecida por desempenhar um papel importante em modelos experimentais de malária cerebral, induzindo a migração de células T CD8+ para o cérebro.
Quando eles infectaram os camundongos mutantes sem o gene interferon-gama com o P. berghei, os animais apresentaram quantidades do parasita no sangue similares aos animais normais, mas tinham menos glóbulos vermelhos infectados no cérebro e eram completamente resistentes à malária cerebral.
"Nossos resultados vão ajudar a conceber estudos para ver se esses mecanismos ocorrem em humanos," diz Renia. "Estamos agora no processo de identificar como os parasitas são sequestradas nos tecidos profundos."

Falta de sono pode levar a ‘vida amargurada’ - diz Pesquisa


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Quem tem problemas para dormir à noite tem mais chances de ficar insatisfeito com a vida posteriormente – de acordo com um estudo feito em irmãos gêmeos finlandeses.

Embora pesquisas anteriores tenham mostrado que, tanto a insatisfação quanto a insônia sejam problemas herdados dos pais, eles não têm as mesmas origens genéticas. Tina Paunio do Instituto Nacional de Saúde Pública de Helsinki, que conduziu os últimos estudos, afirma que a própria falta de sono pode afetar o humor, o cérebro e as emoções.


Alguns estudos já focaram a ligação entre uma boa noite de sono e o bem-estar psicológico. No entanto, nenhum pesquisou o relacionamento desses fatores em longo prazo. Para isso, a pesquisa finlandesa contou com a ajuda de 18,637 gêmeos idênticos em 1975 e, depois, compararam os resultados com as mesmas pessoas em 1981.


Em 75, 9% dos voluntários declararam estarem decepcionados com a vida, mas não reportaram alterações em seu padrão de sono. Em 81, as mesmas pessoas disseram que ainda não se sentiam bem emocionalmente, e, novamente, seu sono continuava inalterado.


Já as pessoas que disseram que não dormiam bem em 75, mesmo sem apresentar alterações emocionais, declararam estar decepcionadas com a vida em 81, depois de alguns anos de insônia.


Concluiu-se que a falta de sono pode levar à insatisfação, mas a insatisfação dificilmente leva à insônia.


Os pesquisadores compararam os gêmeos em diversos fatores, como consumo de drogas, problemas de saúde e nível de atividade física. No entanto, o único fator que triplicou a insatisfação emocional foi a falta de sono.


FONTE: Reuters

Teoria: câncer surge do desenvolvimento de novas espécies de parasitas


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Os pacientes com câncer podem sentir que criaturas alienígenas estão crescendo dentro de seus corpos, roubando-lhes a saúde e o vigor. Segundo um biólogo celular, elas estão corretas. Mas não são alienígenas que invadem seus corpos, e sim uma evolução de uma nova espécie de parasitas.

O biólogo Peter Duesberg argumenta que, ao contrário das crenças, o câncer não se desenvolve por mutações genéticas. Assim como os parasitas fazem, o câncer também necessita do hospedeiro para seu sustento.


Graças a essa relação parasita-hospedeiro, o câncer pode crescer o quanto ele quiser, para os locais que desejar. As células cancerosas não dependem de outras para sua sobrevivência, e desenvolvem padrões de cromossomos que são distintos dos hospedeiros humanos, de acordo com Peter Duesberg. Por isso, elas são consideradas novas espécies.


O biólogo diz que as teorias vigentes sobre a formação do câncer estão erradas. Em vez de partirem de mutações genéticas que estimulam as células a crescer em um ritmo acelerado, os tumores cancerígenos crescem a partir de interrupções de cromossomos inteiros.


Cromossomos contêm muitos genes, que copiados incorretamente, quebrados e omitidos, levam a dezenas de milhares de alterações genéticas. O resultado é uma célula com traços completamente novos, caracterizada como um novo fenótipo.


Tal teoria foi sugerida pela primeira vez em 1956 pelo biólogo evolucionista Julian Huxley, mas essa visão não é a que predomina nos dias de hoje.


Oncologistas e pesquisadores farmacêuticos estão estudando maneiras de encontrar e bloquear as mutações, com o objetivo de desligar o interruptor que acende a carcinogênese. Mas a terapia genética em grande parte não alcançou muitos resultados significativos.


Peter Duesberg diz que esses movimentos são equivocados. As mutações cromossômicas, chamadas de aneuploidia, são as causas que desestabilizam os padrões cromossômicos. Alguns dos cromossomos interrompidos são capazes de se dividir, semeando o câncer.


Duesberg diz que espera que a nova teoria estimule novos tipos de diagnósticos e tratamentos do câncer. Novos tratamentos poderiam ter como alvo as rupturas cromossômicas, ao invés de tentar, inutilmente, o desligamento dos genes. Testes cromossômicos poderiam encontrar a aneuploidia muito mais cedo, antes dos cromossomos danificados terem a chance de se dividir.


FONTE: Gizmodo

Por que babamos enquanto dormimos?


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Não é nada agradável acordar com o travesseiro todo molhado de saliva. Poucas pessoas assumem que tem esse pequeno problema, todas as noites. Mas caso você tenha um “amigo” que babe durante o sono, conheça as principais razões pelas quais isso acontece, e o que fazer para parar com isso.

Quando dormimos, nossos músculos relaxam. Com a isso, a boca tende a ficar aberta, e se você estiver deitado de lado a saliva vai vazar. Problemas como sinusite ou alergias, que fazem a pessoa ter tendências a respirar pela boca, aumentam as chances dela babar durante o sono.

Para deixar de acordar encharcado pela própria saliva, uma boa dica é dormir de costas. Se o problema for a dificuldade de respirar pelo nariz, vale consultar um médico para buscar uma solução. Afinal, só quem baba durante a noite sabe o quão embaraçoso isso pode ser. Mas com mudanças simples de hábito, é possível combater o problema.

Blog Mari Fuxico

Rotina alimentar pode levar à perda de peso


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O caminho para a perda de peso bem sucedida pode ser o tédio culinário. Os pesquisadores descobriram que quando eram oferecidos às pessoas os mesmos alimentos várias e várias vezes, elas tendiam a comer menos.

O estudo sugere também que o nível sem precedentes de variedade na dieta americana pode ser um dos principais contribuintes para a epidemia de obesidade, e confirma que a redução de escolhas pode ser uma estratégia útil para perda de peso.

A Sociedade Americana de Nutrição diz que a variedade é ainda boa para quem está de dieta – mas quando se trata de alimentos saudáveis.

As pessoas não engordam de comer uma variedade de frutas e legumes. Porém quando se tem a oportunidade de variar os alimentos com um alto teor de gordura e com poucos nutrientes, aí é que reside o problema.

Já quando as pessoas se habituam aos alimentos ao comê-los várias vezes, tal habituação diminui a nossa resposta a um estímulo. A monotonia da refeição poderia ajudar as pessoas a perderem peso.

O estudo recém-publicado envolveu 32 mulheres que tiveram a opção de comer um apetitoso macarrão com queijo enquanto completavam uma tarefa de meia hora no computador.

Metade das mulheres participaram de cinco sessões como essa, em cinco dias, enquanto a outra metade participou de uma sessão por semana durante cinco semanas.

As mulheres que tinham a oportunidade de comer a macarronada todos os dias consumiram, em média, 100 calorias a menos por dia, até o final da semana. Aquelas que comiam uma vez por semana comeram 30 calorias a mais por dia durante o estudo.

Para os pesquisadores, o hábito gera uma série de processos psicológicos que podem afetar o peso.

Vício de comer?

Um outro estudo com ratos revelou que a exposição repetida a alimentos ricos em açúcar e com alto teor de gordura muda a química do cérebro dos animas, de forma semelhante à forma como reage na dependência de drogas.

Quando os alimentos mais apetitosos eram removidos da dieta, os animais apresentavam os mesmos sinais que seriam vistos caso eles fossem viciado em morfina.

Está se tornando claro que as novas terapias para comer menos podem acabar sendo os mesmos tratamentos estabelecidos contra o vício de drogas.

 
WebMD

Durma bem!: Sono fragmentado prejudica a memória


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Um sono interrompido afeta a capacidade de construir memórias. As descobertas da Academia Nacional de Ciências podem ajudar a explicar os problemas de memória ligados à doenças, incluindo mal de Alzheimer e apneia do sono.

No estudo realizado com ratos, o sono analisado foi fragmentado, mas não menor ou menos intenso do que o normal. Os pesquisadores enviaram pulsos de luz diretamente no cérebro de ratos enquanto dormiam. Isso significa que eles poderiam perturbar seu sono, sem afetar o tempo total ou a qualidade de sono.

Os animais foram então colocados em uma caixa com dois objetos, um já conhecido deles. Naturalmente eles passariam mais tempo examinando o novo objeto e aqueles que tinham o sono ininterrupto fizeram exatamente isso. Mas aqueles cujo sono foi interrompido estavam igualmente interessados em ambos os objetos, sugerindo que suas memórias tinham sido afetadas.

Como o cérebro usa o sono profundo para avaliar os eventos do dia e decidir o que manter guardado, a pesquisa concluiu que perturbações no sono dificultam o reconhecimento de objetos familiares para os animais.

A continuidade do sono, segundo os pesquisadores, é um dos principais fatores afetados em várias doenças que mexem com a memória, incluindo o Alzheimer e outros déficits cognitivos relacionados com a idade. O sono interrompido também afeta as pessoas viciadas em álcool e aquelas com apneia do sono – uma condição na qual a garganta estreita ou fecha repetidamente durante o sono, restringindo o oxigênio e fazendo com que o doente acorde.

E apesar de não haver evidências de um nexo de causalidade entre a interrupção do sono e qualquer uma dessas doenças, uma quantidade mínima de sono ininterrupto é crucial para a consolidação da memória.

 
BBC

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Técnica pioneira substitui biopsia ao fígado - Dia Mundial das Hepatites assinala-se hoje


Exame mede elasticidade do fígado
Exame mede elasticidade do fígado
Uma técnica que está a revolucionar o diagnóstico de doenças do fígado, por não ser invasiva e evitar as biopsias, vai ser amanhã implementada no HospitalCuf do Porto. Trata-se de um processo inovador que proporciona uma investigação precisa do grau de fibrose no fígado e que faculta resultados em apenas cinco minutos.
De acordo com Alexandre Sarmento, coordenador da Gastrenterologia do HospitalCuf Porto, a elastografia hepática - assim se designa a técnica - “apresenta uma nova tecnologia que mede a elasticidade do fígado através da transmissão de ondas dentro do órgão, que permitem verificar a existência, ou não, de cicatrizes, dispensando a realização de biopsias e a consequente hospitalização do doente”.
Esta modalidade de diagnóstico “apresenta resultados muito fidedignos na avaliação de fibrose hepática”, sendo ainda capaz de diagnosticar “situações extremas, como a presença de cirrose ou ausência de fibrose”, disse ao “Ciência Hoje”, sublinhando que “este exame faz na prática o mesmo que uma biópsia”.

Além da função de diagnóstico, a técnica permite o acompanhamento das doenças crónicas hepáticas, especialmente a hepatite C, na medida em que “funciona como uma ecografia”. O teste captura as imagens do fígado por ultra-som e também transmite uma onda de baixa frequência. A vibração propaga-se e mede a elasticidade do tecido hepático.

Substituição de biopsias
A elastografia hepática, que, de acordo com Alexandre Sarmento, já foi implementada em alguns hospitais públicos portugueses, tem um grande potencial para substituir as biópsias ao fígado, em especial nos casos de hepatites.
“É uma técnica com muita aceitação”, declarou o especialista em Gastrenterologia, sublinhando que, porém, “o aparelho é muito caro”, pelo que a sua “divulgação se torna mais lenta” do que o desejado.  Contudo, o médico acredita que “muito rapidamente” a sua utilização vai ser massificada, pois as vantagens da sua utilização são “irrefutáveis”.
Para elucidar os profissionais de saúde sobre esta técnica, no dia 30 de Julho, pelas 9h30, o HospitalCuf Porto vai também promover um workshop no auditório do hospital.
Dia Mundial das Hepatites
A hepatite é uma infecção no fígado que, dependendo do seu tipo, pode ser curada de forma simples, apenas com repouso. Por outro lado, pode exigir um tratamento mais prolongado e que nem sempre leva à cura completa, muito embora se consiga, em muitos dos casos,  controlar e estagnar a evolução da doença.
Alexandre Sarmento acredita que, em relação à hepatite B, “o panorama nacional tem melhorado bastante graças à vacinação, que hoje é feita já aos recém-nascidos”. Segundo o médico, “prevê-se que haja uma diminuição acentuada nos próximos anos das pessoas com esta doença”.
O caso da hepatite C, que em Portugal estima-se que afecte 150 mil pessoas, é “mais grave, sobretudo por ainda não haver vacina”. O coordenador da Gastrenterologia do HospitalCuf Porto lembrou que esta pode ser “uma doença silenciosa durante muitos anos” – o que leva a que, muitas vezes, “o diagnóstico seja feito em fases avançadas” -  e que representa “um problema de saúde pública importante, sobretudo nos países ocidentais”.
Embora possa haver “centenas ou milhares de doentes a quem ainda não tenha sido diagnosticada o hepatite C”, Alexandre Sarmento tem esperança em que “o número de novos casos possa diminuir, tendo em conta o maior cuidado que hoje há relativamente ao uso de seringas, por exemplo”. 

Carla Sofia Flores